sábado, novembro 25, 2006

Contradições chilenas

«Un bebé de sexo masculino, en cuyo vientre se alojaba un feto que, según los médicos, "llegó a tener vida", nació Temuco, en el sur de Chile, informaron hoy fuentes médicas. El nacimiento se produjo hace una semana en una clínica privada de Temuco, a 672 kilómetros de Santiago, y el feto fue extirpado el pasado lunes del bebé, que se encuentra bien. Según los médicos, este hecho, denominado "fetus in fetus", se produce rara vez y se debe a un error genético durante la fecundación del óvulo, que, al dividirse en dos células, no tuvo la segmentación adecuada, por lo que un embrión absorbió al otro. El feto extraído, de 10 centímetros de longitud, tenía extremidades y la espina dorsal parcialmente desarrollada, pero carecía de cabeza, por lo que no podía sobrevivir, según los médicos.»
Desconhece-se qualquer oposição pública ao procedimento médico, nem mesmo da igreja católica. Agora imaginem se em vez do feto sem cabeça estar no ventre de um bebé do sexo masculino, estivesse no de uma mulher adulta? Acham que se manteria a não-polémica? Que se falaria em "feto extirpado"? A resposta é um claríssimo Não. Até porque a lei chilena proíbe esses abortos (já não se falaria em "extirpamento"), sim, mesmo que a vida da mulher esteja em risco, mesmo que o feto não tenha cabeça (logo sem hipóteses de sobrevivência pós-parto). E para mudar esta lei absolutamente desumana, muitos esforços terá Bachelet que despender para combater a influência nefasta do clero católico no seu país. Mas este bebé teve sorte, do sexo masculino e obviamente virgem, não houve quem protestasse.

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