Os 25.000 Euros de Matilde Sousa Franco
Um dos argumentos que o Não tem usado nesta campanha é o de que o aborto clandestino não se combate com aconselhamento médico, mas com punição penal e apoio à maternidade (dando só ênfase ao segundo ponto, claro). O "trunfo" que usam costuma ser o das associações de solidariedade privadas que gerem, e que vivem dependentes de subsídios do estado. Escusado será dizer que as grávidas que procuram ajuda nestas instituições são mulheres que já decidiram levar avante a sua gravidez. E que o estado devia ajudar todas as grávidas directamente, e não subsidiando associações políticas de carácter privado, a solidariedade privada deve ser isso mesmo, privada, subsidiada portanto com fundos privados.
Mas estas desonestas subtilezas do discurso do Não atingiram um novo baixo de honestidade com o depoimento de ontem de Matilde Sousa Franco, no tempo de antena da Não Obrigada. Matilde contrapunha à nossa despenalização do aborto o subsídio criado pelo governo alemão, de 25.000€, para as mulheres grávidas, em Janeiro último. "Moderno é votar Não" assegurava. Como se de um voto Não dependesse a criação de subsídio idêntico em Portugal. Esquecendo que a Alemanha tem a lei do aborto que se quer para Portugal, votando Sim. Esquecendo que o Não venceu em 1998 e nem por isso o apoio à maternidade aumentou, mesmo havendo pelo meio dois Primeiros Ministros de direita...
Mulheres grávidas de Portugal, se o Não ganhar não hesitem, vão bater à porta da seu dona Matilde e exijam o dinheiro que vos prometeu.
Errata: Afinal o subsídio do governo alemão não é às grávidas, mas às novas mães. Não se entende por isso o elogio de Matilde, pois para o governo alemão um feto não é merecedor do subsídio, só um recém-nascido o é.
Mas estas desonestas subtilezas do discurso do Não atingiram um novo baixo de honestidade com o depoimento de ontem de Matilde Sousa Franco, no tempo de antena da Não Obrigada. Matilde contrapunha à nossa despenalização do aborto o subsídio criado pelo governo alemão, de 25.000€, para as mulheres grávidas, em Janeiro último. "Moderno é votar Não" assegurava. Como se de um voto Não dependesse a criação de subsídio idêntico em Portugal. Esquecendo que a Alemanha tem a lei do aborto que se quer para Portugal, votando Sim. Esquecendo que o Não venceu em 1998 e nem por isso o apoio à maternidade aumentou, mesmo havendo pelo meio dois Primeiros Ministros de direita...
Mulheres grávidas de Portugal, se o Não ganhar não hesitem, vão bater à porta da seu dona Matilde e exijam o dinheiro que vos prometeu.
Errata: Afinal o subsídio do governo alemão não é às grávidas, mas às novas mães. Não se entende por isso o elogio de Matilde, pois para o governo alemão um feto não é merecedor do subsídio, só um recém-nascido o é.
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