The new citizen card
Já li várias críticas a este novo cartão, receios por concentrar tanta informação num só bocado de plástico, medo de um "estado big brother"... A mim calha-me, o bilhete de identidade é demasiado grande para o comum das carteiras, e ainda por cima substitui também o cartão de contribuinte (demasiado frágil), o de eleitor (que não anda na carteira pelo pouco uso e depois é um martírio para o achar) e o da saúde. O que acho curioso é ainda ninguém ter criticado o facto do inglês ser usado exactamente ao mesmo nível que o português, no dito cartão.
Todos os dizeres em português encontram-se também em inglês, e no mesmo tamanho. Apenas a ordem e o não-itálico poderão dar algum destaque à língua portuguesa. Já o nome do cidadão é apresentado à inglesa. E entretanto o francês, presente no BI, foi à vida. O "República Portuguesa" mantém-se, mas perde destaque para o bilingue "Portugal". É precisamente nesse ponto que no cartão estoniano é preservada a valorização simbólica da língua nacional. Já o espanhol se limita, aparentemente, ao espanhol - e catalão, basco ou galego parecem valer tanto quanto o mirandês por cá.
Mas não me estou a queixar da presença da língua franca no dito cartão, só acho estranho que ninguém o faça... Curiosamente o cartão europeu de seguro de doença, para usar exclusivamente fora de Portugal, é exclusivamente em português (naturalmente os emitidos noutros estados, e que podem ser usados por cá, são nas respectivas línguas nacionais).
Todos os dizeres em português encontram-se também em inglês, e no mesmo tamanho. Apenas a ordem e o não-itálico poderão dar algum destaque à língua portuguesa. Já o nome do cidadão é apresentado à inglesa. E entretanto o francês, presente no BI, foi à vida. O "República Portuguesa" mantém-se, mas perde destaque para o bilingue "Portugal". É precisamente nesse ponto que no cartão estoniano é preservada a valorização simbólica da língua nacional. Já o espanhol se limita, aparentemente, ao espanhol - e catalão, basco ou galego parecem valer tanto quanto o mirandês por cá.
Mas não me estou a queixar da presença da língua franca no dito cartão, só acho estranho que ninguém o faça... Curiosamente o cartão europeu de seguro de doença, para usar exclusivamente fora de Portugal, é exclusivamente em português (naturalmente os emitidos noutros estados, e que podem ser usados por cá, são nas respectivas línguas nacionais).
4 comentários:
Mantém-se a informação, utilíssima, acerca da filiação do cidadão, certamente para que possamos continuar todos, alegremente, a preencher aqueles impressos todos em que nos pedem o nome do papá e da mamã, como se a catrefada de números que nos identificam não fossem suficientes.
Mantem-se também a questão do sexo/género (que para o estado são a mesma coisa)... será assim tão importante?
Por outro lado, depois da guerra das fotografias as cores eis que agora voltamos para o preto&branco da modernidade.
Nas cartas de condução novas a foto também "já" é a preto e branco não é? A minha ainda é das velhas, cartolina rosinha e foto a cores lol
A questão do género não se mantém: passa a existir, e isso é grave para o povo trans. Olhem de novo para os vossos BI's - actualmente o sexo da pessoa não vem discriminado.
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