Igreja espanhola começa campanha pela legalização do abuso sexual
A coisa começou com o cardeal Antonio Cañizares Llovera, arcebispo de Toledo e prefeito da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, a considerar irrelevantes os abusos a que milhares de crianças foram sujeitas em orfanatos católicos irlandeses face às interrupções voluntárias. E ficou completamente óbvia e assumida com o artigo do redator chefe da revista da arquidiocese de Madrid, presidida pelo cardeal Antonio María Rouco Varela:
«Reducido el sexo a simple entretenimiento, ¿qué sentido tiene mantener la violación en el Código Penal?". (...) ¿No debería equipararse a otras formas de agresión, como si, por ejemplo, obligáramos a alguien a divertirse durante unos minutos? ¿Por qué tanta disparidad en las condenas? (...) Cuando se banaliza el sexo, se disocia de la procreación y se desvincula del matrimonio, deja de tener sentido la consideración de la violación como delito penal.»Vai-se perdendo a vergonha. Pode ser este o impulso necessário a que as vítimas dos orfanatos católicos espanhóis (ou alguém acredita que escasseiem?) comecem finalmente as denúncias.
1 comentário:
O conservadorismo em Espanha é dos mais fortes e poderosos do mundo... (apesar de se terem aprovado leis que vão contra a igreja, mas que só passaram porque não foram referendadas, porque acredito firmemente que se houvesse um referendo não seriam aprovadas). Este tipo de comentários ou declarações ou "fragilizam" a própria igreja católica (neste caso em Espanha) ou a tornam assustadoramente ainda mais forte, se repararem as referidas declarações não tiveram continuidade de destaque (atendendo à gravidade do assunto) nem a nível politico, nem a nível jornalístico…. Assustador não…?
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