Só não lhe chamem rainha, porque... falta-lhe categoria para isso
De Manel Fontdevila
Diz a monarca espanhola: «Se essas pessoas querem viver juntas, vestirem-se de noivos e casarem-se, podem estar em seu direito, ou não, segundo as leis de seu país: mas que não chamem isso de casamento, porque não é.» [via]Por falar em rainhas, a sério não estas da treta que conseguiram o título via golpe do baú, grande capa a da Com'Out deste mês.
3 comentários:
Por que no te calas Sofia!?
Se os espanhóis quiserem podem agir como se vivessem numa democracia, podem expressar-se livremente, manifestar-se, votar e fazer valer os seus direitos segundo as leis do pais, mas não lhe chamem democracia, porque enquanto Espanha tiver um rei (e uma rainha tola e uma aristocracia retrógrada e anacrónica) não o é.
E nem vou falar da politica imperialista castelhana sobre os nacionalismos regionais.
Ainda assim continuo a achar que Espanha tem umas quantas lições de democracia para dar a Portugal.
Tive aqui uma ideia, se o problema dos católicos com o casamento gay é denominatório, que tal uma solução de compromisso em que todos fiquem contente: crie-se uma instituição para união homossexual que dê os mesmos direitos que o casamento mas dê-se-lhe um nome ligeiramente diferente tipo "casório" ou "casação" , "casamentação".
E esta instituição estaria acessível a todos os casais, hetero ou homos. Assim, um casal heterossexual poderia escolher entre efectuar o "casório" ou o tradicional "casamento" e é natural que em breve o tradicional "casamento" caisse em desuso. Ou seja, ficavam só os ultramontanos com o "casamento" e o resto de nós, heteros e homos, teríamos o "casório" que se tornaria uma instituição mais importante.
Que tal achas da ideia?
Mas porque hão-de os católicos ter algum problema com o casamento civil? Os católicos têm o seu próprio casamento, religioso e reconhecido pelo estado, sendo que simultaneamente não reconhecem o casamento civil - um católico casado pelo civil é solteiro aos olhos da sua igreja. Porque se hão-de incomodar com algo que não reconhecem? E que importa que se incomodem? Ninguém os obriga a casar com alguém do mesmo sexo. O copyright da palavra casamento não é da igreja católica, já havia casamento antes de haver igreja...
Resumidamente, não entendo a ideia. Tal como não entendi quando o Partido Popular espanhol a apresentou.
E se alguém se incomodasse pelos negros terem um bilhete de identidade com o mesmo nome que o dos brancos? Passamos a chamar-lhes bilhetes de negrintidade? Para não incomodar muito os racistas? Ou que tal soa "cartinha de conduçãozinha" se o condutor for uma mulher e não um homem? Porque há machistas incomodados com a ideia das esposas terem um documento com o mesmo nome que o deles?
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