sexta-feira, janeiro 30, 2009

Desde a 2.ª Guerra que não víamos o Vaticano tão nazi-friendly

Bento 16 anulou a excomunhão do "arcebispo" Richard Williamson, negacionista do Holocausto, provocando ondas de alegria e satisfação entre a extrema-direita alemã. Este negacionismo, crime na Alemanha e outros países europeus, não é coisa velha e arrependida, é tão recente que só em Janeiro foi para o ar na TV sueca.

Para que não haja dúvidas quanto à natureza da pandilha lefebvriana, que agora teve direito a este passar de mão de Bento 16, "don" Floriano Abrahamowicz disse à Tribuna de Treviso que tanto quanto sabe as câmaras de gás dos campos de concentração nazi eram apenas para desinfestação.

Que Bento 16 esteja de bem com esta gente e a provocar orgasmos aos líderes neo-nazis europeus não poderá causar grande surpresa. Basta pensar no seu próprio passado de jovem hitleriano, e sobretudo na forma como lidou com isso no presente, para nos lembrarmos que o negacionismo é toda uma filosofia de vida entre o clero católico: não houve holocausto, não fui um jovem hitleriano, não há pedofilia na igreja etc etc etc...

Não, entre estas notícias o que choca é a reação dos católicos. Ou melhor, a não reação dos católicos, a absoluta indiferença dos católicos a todos estes crimes. Praticamente não há cobertura mediática do caso em Portugal. E mesmo a nível internacional só os líderes judeus reagiram.

Mau timming para eles, perfeito para Bento 16. Com a Europa a brincar de "muito sensível e solidária com os povos oprimidos" - desde que oprimidos por judeus, todos os outros, azar - o antisemitismo sobe em flecha. E que as sotainas se reaproximem dos ideiais nazis choca muito poucos.

Déjà vu.

Assustador.

4 comentários:

Nuno disse...

Assustador mesmo...

Luís Campião disse...

verdadeiramente assustador!

Anónimo disse...

Um autêntico recuo...

Anónimo disse...

Um autêntico recuo...