terça-feira, novembro 25, 2008

1 grd preguiça pra blogar

Há meses que este bloguito anda em subpostagem, por vários motivos, um dos principais a mais pura e genuína preguiça. O seu suicídio tem vindo continuamente a ser adiado, já que o impulso de partilhar uma notícia, um vídeo ou mandar uma boca foleira mantém-se vivos. Acontece que um blog é provavelmente demasiado para tão breves recados, vai daí decidi experimentar a versão "140 caracteres máx", mais conhecida por Twitter. Não sei bem se a coisa poderá ser ou não um bom substituto, já que foi concebido para algo mais pessoal do que isto, mas nos próximos tempos é isto mesmo que vou tentar, neste endereço: http://twitter.com/bossito Mais sobre o conceito Twitter, que não é nada recente, neste vídeo (legendado em português). Eventualmente o renas poderá sobreviver para os momentos em que a teclagem apeteça, ou terá finalmente o direito a uma morte digna. O futuro o dirá.

PS: Isto do twitter tem muito mais graça usando programinhas associados, como esta excelente extensão para o Firefox.

segunda-feira, novembro 24, 2008

A questão é que ele não se demarcou, enlameou-se até à ponta dos cabelos

Pergunta-votação da primeira página do JN: "Cavaco fez bem em demarcar-se do caso BPN?". Mas quando se demarcou Cavaco? Estarão a falar da patética e absurda nota de imprensa sobre as contas bancárias do casal Silva (sim Cavaco incluiu Maria nas explicações)? Assim de repente, declarações mais patéticas do que estas só me ocorrem as de Dias Loureiro no horário nobre da RTP. O tal que Cavaco mantém como conselheiro de estado. Vergonha é que pelos vistos escasseia um pouco por todo o lado.

PS: A esquerda que trate de arranjar um candidato comum para nos livrar deste absoluto embaraço que nos ocupa a presidência sff. Por exemplo, Vital Moreira. Comecem a pensar a sério nisto, que mais 5 anos de presidência cavaquista é mais que o que a decência pode aguentar...

quarta-feira, novembro 19, 2008

Mais uma razão para estar a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo

O "Prince" está contra.

Humor bushista ainda em alta


Lá para as bandas do PSD pelo menos. Já é o segundo bushismo nos últimos dias.

PS: Entretanto parece que a presidência da república lá arranjou novo assunto superimportante com que se entreter, terminada que está a questão insular (refiro-me naturalmente ao estatuto açoriano, não aos golpes palacianos da Madeira, questões menores para Cavaco). Eis agora pois que uma "pequena notícia da Lusa" desencadeia novo melodrama no palácio rosa. Entretenha-se sr. presidente, entretenha-se, que na sua idade morrer de tédio não é apenas uma força de expressão...

Uma questão de química


Há para aí três dias que não consigo parar de ver este anúncio. Entrou directamente para o meu top5 de anúncios favoritos. Quem disse que a publicidade institucional não podia ser hipercool? A pose dos gases raros conquistou-me desde o primeiro segundo. Mas eis que agora dei com a música que o sonora: "Fledermaus Can't Get It" dos anglo-germânicos Von Südenfed. Também com vídeo coolíssimo a acompanhar:

domingo, novembro 16, 2008

Of course we could

Ainda sob o efeito da euforia da vitória obamiana, foi publicado um artigo no The New York Times defendendo a tese de que a vitória de um "Obama europeu" não seria possível no presente ou futuro mais próximo. Entendendo-se por "Obama europeu" um qualquer político pertencente a uma minoria étnica ou "racial" em algum país europeu.

A análise é tão profunda que esquece qualquer comparação entre o peso demográfico das minorias num e noutro lado do Atlântico. E conclui levianamente que o ambiente político europeu é mais racista e xenófobo que o americano. A colecção de evidências tem a sua graça, sobretudo este parágrafo:
«Even Cem Ozdemir, Germany’s best-known ethnic Turkish politician, currently a European legislator, is having trouble getting on the Greens Party list of candidates for the Bundestag — in part because of internal opposition to his ambition to lead the party.»
Acontece que Cem Özdemir foi eleito ontem co-líder dos Verdes alemães (partido que tem sempre dois líderes em paridade de sexos) com quase 80% dos votos. E estamos a falar de um político oriundo de uma minoria com menos de 50 anos de implantação na Alemanha e de peso demográfico muito inferior ao dos negros na América, cuja presença no país é anterior à fundação do mesmo.

sábado, novembro 15, 2008

The Right to Marry: Yes We Should!


Vídeo da American Civil Liberties Union (ACLU). Canal da ACLU no YouTube aqui, e do seu projecto LGBT aqui.

Igreja do ódio todos os dias

Vale a pena ler este artigo do The New York Times, sobre a influência decisiva do Lóbi Mormon na vitória da proposta 8 levada a referendo na Califórnia no passado dia 4. Uma igreja sem qualquer representatividade naquele estado, acabou por transformar-se na maior fonte de dinheiro para o financiamento da campanha milionária pela ilegalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Estranhos fenómenos estes. Gente que doa rios de dinheiro para dar cabo do casamentos de pessoas que nem conhecem, gente que anda de porta em porta a pregar isto mesmo, gente que treina com conselheiros de marketing os melhores discursos para esconderem o facto de que é o ódio contra gays e lésbicas que os move. Gente que usa slogans como "proposta 8 = a liberdade religiosa", "proposta 8 = liberdade de expressão" ou "proposta 8 = menos governo". A tal proposta 8 que, convém não esquecer no meio de tanta distorção, se propõe apenas e só a ilegalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo na Califórnia. Casamentos não meramente hipotéticos, mas milhares de casamentos efectivamente já realizados.

Falamos pois, muito provavelmente, de gente que incapaz de encarar a pobreza e infelicidade do seu próprio casamento (por vezes polígamo, será bom lembrar), se dedica a destruir o casamento dos outros. É pelo menos a única explicação razoável que encontro. Mas de uma gentinha assim não há muito como sentir pena. Desde logo deviam provar do seu próprio veneno e da lógica que defendem, "democracia = ditadura das maiorias", ou seja, para quando um referendo na Califórnia à ilegalização desta seita?

Mas antes disso espero que provem o sabor de centenas de manifestações já este sábado um pouco por todo mundo, que ao menos poderão servir para lembrar a estas mentes brilhantes que quando promovem o ódio, quando invadem lares alheios e atacam milhares de famílias californianas, é suposto levarem algum troco de volta. E de nada valem os calendários de soft porn que produzem para dar um ar mais contemporâneo ao seu medievo gangue. Da próxima vez que fores abordado na rua por uma destas duplas, manda-os foderem-se. Era o melhor que fariam, ao menos por uns minutos não se preocupariam em foder os outros.

Mais informações sobre os protestos aqui e aqui, e pelos vistos um esboço de planeamento para Portugal aqui.

PS: Se és mormon e estás a ler esta mensagem, pára já e vai-te foder.

sexta-feira, novembro 14, 2008

Só não lhe chamem rainha, porque... falta-lhe categoria para isso

"Então e não postas nada sobre as eleições na América?"

Perguntou-me um amigo. Só aguardo os resultados finais para me pronunciar.

PS: Mas já agora posso recomendar este artigo sobre a festa eleitoral, mais festiva para uns que para outr@s.

Afinal ainda há quem se choque com o casamento tradicional

«O drama de Nojood começou quando o pai, um desempregado que antes recolhia lixo nas ruas, quebrou a promessa de não a retirar da escola para lhe arranjar um marido, como fez a outras irmãs. Ela frequentava a segunda classe e adorava estudar Matemática e o Corão. Ele foi buscá-la para a entregar a um homem de 30 anos, o carteiro Faiz Ali Thamer.»
Eu só não percebo alguns comentários à notícia, que a parecem tratar como uma especificidade das Arábias. Casamentos destes em Portugal foram sempre prática comum desde a fundação do país, só no século XX começaram a rarear até à quase inexistência dos dias de hoje. Mas o conceito tradicional de casamento é exactamente este. Modernice é o casamento por amor entre adultos livres. E claro, o divórcio, que Nojood conseguiu, mas a que as raparigas portuguesas em situação semelhante nunca conseguiram até depois do 25 de Abril.

E porque é sexta-feira: dica de engate para achares o teu Romeu

O Gayromeo.com é um site muitíssimo mais completo que o famoso Gaydar.pt (cheio de restrições na sua versão gratuita). E embora ainda não seja muito popular em Portugal, é definitivamente o site onde apostar, verdadeira web 2.0. Tem até uma versão "safe for work", o Planetromeo.com ;) As entradas de um e de outro na Wikipédia para mais comparações.

quarta-feira, novembro 12, 2008

Dúvida existencial dos tempos que correm

Quando é que Cavaco ganha vergonha na cara e se demite?

Acobarda-se perante o forrobodó fascisteiro da Madeira (cadê o presidente como garante da democracia?), fecha-se num silêncio cúmplice perante os escândalos de corrupção dos seus compinchas (leia-se BPN, vejam-se os frutos do cavaquismo), mas que raio faz afinal Cavaco? Ainda andará em festa pelo dia raça, será isso? E a entregar prémios a "cientistas" da beatitude? Começo a convencer-me que mais valia aderirmos à Commonwealth e termos a rainha de Inglaterra como chefe de estado, era capaz de sair mais em conta e sobretudo seria muitíssimo menos embaraçoso.

Adoro gerúndio, acho digno


Betina Botox


Irmã Selma

Obrigado Bruno ;)

domingo, novembro 09, 2008

E a si eu deixo um conselho: use cinto de segurança


Quando vejo um anúncio de prevenção da sida de 1 minuto inteiro, mas que podia ser facilmente alterado para um anúncio de prevenção rodoviária, substituindo uma única palavra, isso soa-me a 1 minuto inteiro desperdiçado. O valor informativo deste anúncio é zero, a lamechice é pegada, e a dramatização da doença é - na minha opinião - a última das prioridades em campanhas sobre a mesma, guess what, o estigma e medo ainda florescem.

O que são precisos são anúncios que efetivamente forneçam informações úteis, desde as vias de contágio a como usar um preservativo (sim, parece básico, mas só para quem já sabe, claro). E ainda anúncios que nos façam ver, de facto, o ponto de vista de quem tem sida, e não é um anúncio como este que faz isso, mas sim anúncios como este ou este.