domingo, fevereiro 24, 2008

Entretanto a lei da rolha da ICAR continua a dar frutos

«Um sacerdote francês de 57 anos admitiu ter abusado sexualmente de 50 menores dos 4 aos 15 anos entre 1985 e 2000, noticiou segunda-feira o jornal Le Parisien.

Pierre-Etienne A. confessou as agressões aos investigadores que o interrogaram desde a sua detenção, a 4 de Fevereiro, apesar de vários testemunhos recolhidos pelo diário indicarem que a comunidade das Beatitudes, à qual pertencia, estava ao corrente dos abusos desde 1998 mas que optou por não o denunciar à Justiça

[...] Na entrevista ao Le Parisien, Pierre-Etienne A. assume os seus actos e pede perdão às crianças e jovens que afirma ter abusado em distintas sedes da comunidade em França
Não foi opção da comunidade, já aqui falámos nisto várias vezes (os jornais portugueses é que não), existem normas estabelecidas pelo Vaticano desde 1962, e reforçadas por uma carta de Ratzinger (agora papa) em 2001, que determinam o secretismo/ocultação com que o abuso de crianças por parte de membros do clero deve ser lidado. Quem quebrar o segredo corre risco de excomunhão - note-se, excomunhão de quem denuncia, não do abusador, a esse o castigo é a transferência de local. Mais pormenores no The Guardian.

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