Para lá do Marão dispensam a bênção
O Público noticia hoje que num dos supostamente "mais católicos" distritos de Portugal, Bragança, já são mais os casamentos civis que os religiosos. Ao longo de quase todo o artigo a justificação encontrada é a financeira, "casamentos religiosos são caros". São mesmo? Antigamente quase toda a gente casava na igreja e quase sem gastar tostão, vestia-se o fato domingueiro em dia da semana (eram comuns os casamentos religiosos à semana), casava-se e ao fim do dia ainda se trabalhava um bocado no campo. A importância da coisa estava na "bênção religiosa". A pouco e pouco a situação alterou-se, e a bênção passou a ser pretexto para grandes bodas, e apenas isso. A benção não é o fim, é o meio com vista à grande farra. Não é preciso muito dinheiro para casar na igreja, mas não havendo dinheiro para a farra, a bênção perde o sentido... Só no fim do artigo alguém, o padre Fontes de Montalegre, põe o dedo na ferida, há menos casamentos religiosos porque a religião interessa pouco e cada vez menos e nem sequer permite o divórcio. Nem mais.
Talvez em vez de continuamente querer definir as regras de um casamento a que sempre se opôs e ainda hoje não reconhece, o civil, a Igreja se devesse preocupar mais em preservar o seu. É que já nem em Bragança o conseguem vender... o que de resto prova que não é certamente a Igreja a autoridade a consultar em matéria de "como promover o casamento".
Talvez em vez de continuamente querer definir as regras de um casamento a que sempre se opôs e ainda hoje não reconhece, o civil, a Igreja se devesse preocupar mais em preservar o seu. É que já nem em Bragança o conseguem vender... o que de resto prova que não é certamente a Igreja a autoridade a consultar em matéria de "como promover o casamento".
1 comentário:
Então é assim:
1) Sou Católico Praticante. Casei pela Igreja
2) Acho que cada um deve fazer como achar bem. Que cas pela igreja, pelo civil, por ambos, por nenhum.
3) Com pessoas de sexo diferente com pessoas do mesmo sexo como lhe aprouver e se sentir bem.
4) O amor nunca é problema.
5) Na minha concepção de fé o unico problema é mesmo a falta de amor ao próximo e mais nada.
6) Não se trata de "tolerar". Trata-se de aceitar que somos - felizmente - diferentes nas nossas convicções e ideiais e que isso não nos torna nem melhores nem piores. Apenas diferentes e isso também é (desculpe-me a expressão), trabalho de Deus.
Que a minha igreja não reconheça isso é apenas uma prova de se tratar de uma obra dos homens e logo imperfeita. Com sorte conseguiremos melhorar a tempo ... Com azar não. Mas neste ultimo caso era porque também não era necessária (a igreja). A fé (a minha pelo menos) permanecerá igual.
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