«O Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco estendeu o nome oficial do campo de Auschwitz-Birkenau para chamá-lo de "campo de concentração e de extermínio nazista alemão de Auschwitz-Birkenau (1940-1945)", anunciou nesta quarta-feira o ministro polonês da Cultura, Kazimierz Ujazdowski. (...)
Esta mudança de nome permitirá, segundo Varsóvia, que se evite que vários formadores de opinião falem de "campos poloneses" ao se referirem a Auschwitz-Birkenau e a outros campos de concentração ou de extermínio instalados pelos nazistas alemães na Polônia ocupada (1939-1945). "A decisão da Unesco é uma vitória da verdade histórica sobre a mentira", declarou o ministro polonês da Cultura e do Patrimônio, citado pela agência PAP.»
É vergonhoso que a Unesco se preste a este tipo de simplificações históricas, motivados apenas pela crescente vaga xenófoba anti-alemã que graça actualmente na Polónia. Toda a gente sabe onde surgiu o nazismo, este novo nome nada acrescenta. A simplificação apenas subtrai. Não é demais repetir: nem todos os alemães eram nazis, e nem todos os nazis eram alemães. E só uma memória completa e honesta do que aconteceu poderá evitar que se repita, onde quer que seja.
1 comentário:
E falta ainda dizer: nem todos os polacos foram vítimas. Nem todos os polacos foram resistentes. Muitos polacos (mas também a gente dos bálticos) ficou contente com o "favor" que os alemães lhes fizeram.
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