Bispos ameaçam governo para conseguirem mais dinheiro
A informação do canal público de televisão decidiu abrir o seu Jornal da Tarde com a irritação dos bispos portugueses, que exigiam "maior diálogo com o governo". O porta-voz era nem mais nem menos que o inenarrável Lino Maia, o padre que tentou convencer-nos de que a culpada da tortura, abandono e assassinato da Gisberta era da própria, e os assassinos e torturadores, que estavam ao abrigo de uma instituição da igreja, eram afinal as verdadeiras vítimas.
As queixas da igreja, ditas em tom vago, resumem-se a um único ponto: querem mais massa. «Lino Maia diz que, em primeiro lugar, a divergência tem a ver com os ATL. "Corremos o risco de ter que encerrar." Esta consequência pode ter um custo social: 20 mil desempregados em 870 instituições, ligadas à Igreja e não só. Em causa está "o direito dos pais a escolher entre a resposta pública do prolongamento do horário escolar ou a resposta dos ATL".»
Ou por outras palavras. O autoproclamado maravilhoso serviço social da igreja é tão bom, tão bom, que não é capaz de sobreviver sem os subsídios do estado. O estado paga, a igreja gasta o dinheiro como bem entende e fica com a fama de prestar os serviços que o estado não oferece. Justo, não?
É por estas e por outras que a igreja continua a parecer ter um papel e uma importância na sociedade que definitivamente não tem. É o estado que sustenta essa importância, não é a sociedade, a quem a igreja é indiferente. Sustentação com subsídios e com o vergonhosamente anti-laico serviço público de televisão. Ser solidário com o dinheiro dos outros é fácil, ter canais de televisão também (já a TVI, privada, não durou muito enquanto TV católica). Chantagear o governo para que este se demita do seu papel social, contratando antes a igreja, também não tem sido difícil. Mas o que eu gostava mesmo de ver era um apoio e generosidades católicas geradas a partir de fundos católicos, e não estatais, e de preferência sem produzirem gangues assassinos. Pode ser, ou é mesmo impossível?
As queixas da igreja, ditas em tom vago, resumem-se a um único ponto: querem mais massa. «Lino Maia diz que, em primeiro lugar, a divergência tem a ver com os ATL. "Corremos o risco de ter que encerrar." Esta consequência pode ter um custo social: 20 mil desempregados em 870 instituições, ligadas à Igreja e não só. Em causa está "o direito dos pais a escolher entre a resposta pública do prolongamento do horário escolar ou a resposta dos ATL".»
Ou por outras palavras. O autoproclamado maravilhoso serviço social da igreja é tão bom, tão bom, que não é capaz de sobreviver sem os subsídios do estado. O estado paga, a igreja gasta o dinheiro como bem entende e fica com a fama de prestar os serviços que o estado não oferece. Justo, não?
É por estas e por outras que a igreja continua a parecer ter um papel e uma importância na sociedade que definitivamente não tem. É o estado que sustenta essa importância, não é a sociedade, a quem a igreja é indiferente. Sustentação com subsídios e com o vergonhosamente anti-laico serviço público de televisão. Ser solidário com o dinheiro dos outros é fácil, ter canais de televisão também (já a TVI, privada, não durou muito enquanto TV católica). Chantagear o governo para que este se demita do seu papel social, contratando antes a igreja, também não tem sido difícil. Mas o que eu gostava mesmo de ver era um apoio e generosidades católicas geradas a partir de fundos católicos, e não estatais, e de preferência sem produzirem gangues assassinos. Pode ser, ou é mesmo impossível?
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