Partido Moderado sueco aprova moção pelo casamento homossexual
Uma larga maioria dos delegados presentes na convenção do Partido Moderado da Suécia (centro-direita) aprovou uma moção a favor da legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo no país escandinavo. Também votaram favoravelmente o direito às lésbicas recorrerem à inseminação artificial em hospitais públicos e à possibilidade dos casais homossexuais adoptarem crianças.
Isto significa que 3 dos 4 partidos que formam a coligação governamental, incluindo o do Primeiro-Ministro (moderado) estão a favor da medida, tal como toda a oposição. Notar que o Partido Moderado se senta em Bruxelas ao lado do CDS e do PSD! Sobram então os cristãos-democratas, contra o casamento, mas que à partida não serão grande estorvo, a aprovação é mesmo uma questão de tempo. Falta apenas saber se a vizinha Noruega conseguirá ser mais rápida.
Ser um governo de centro-direita a aprovar esta lei na Suécia é bem revelador do nosso (da Europa do Sul em geral) atraso de 500 anos chamado catolicismo. É que a par desta discussão no Partido Moderado, uma outra aconteceu na Igreja da Suécia, sobre se deseja ou não que os casamentos religiosos por si celebrados tenham validade legal. Para isso é necessário que as regras do casamento religioso estejam de acordo com as do casamento civil. Os membros da igreja aprovaram democraticamente o reconhecimento legal dos seus casamentos religiosos, tendo já em mente que a breve prazo tal significará a realização de casamentos religiosos entre pessoas do mesmo sexo.
Veja-se a diferença brutal em relação ao Sul da Europa. Uma igreja liderada por um alemão escolhido pelo espírito santo e sedeada num microestado parasitário, que não reconhece o casamento civil (para a igreja católica casados ou divorciados apenas pelo civil são solteiros, ex. Letizia princesa espanhola casada pela igreja depois de um divórcio civil). Mas que por outro lado faz do combate a alterações na lei do casamento que não reconhece, seja hetero ou homossexual, a sua grande causa e luta no século XXI.
Voltemos à Suécia, por lá apenas grupos católicos e evangélicos têm feito real e agressiva campanha contra o casamento homossexual. Mas por lá estes grupos ultraminoritários são vistos com o mesmo olhar com que por cá se olha a IURD, mas não a ICAR. E várias sondagens têm mostrado um amplo consenso popular em torno da matéria. É de realçar que a Suécia foi o segundo país do mundo, na era moderna, a reconhecer oficialmente uniões homossexuais, através de parcerias civis, então pioneiras, hoje em dia apenas desculpas para evitar o casamento. Sendo por isso especialmente valioso o exemplo, as parcerias civis não chegam, podem atrasar o inevitável, mas não o evitam permanentemente e nos tempos que correm são apenas prova de falta de coragem política.
Isto significa que 3 dos 4 partidos que formam a coligação governamental, incluindo o do Primeiro-Ministro (moderado) estão a favor da medida, tal como toda a oposição. Notar que o Partido Moderado se senta em Bruxelas ao lado do CDS e do PSD! Sobram então os cristãos-democratas, contra o casamento, mas que à partida não serão grande estorvo, a aprovação é mesmo uma questão de tempo. Falta apenas saber se a vizinha Noruega conseguirá ser mais rápida.
Ser um governo de centro-direita a aprovar esta lei na Suécia é bem revelador do nosso (da Europa do Sul em geral) atraso de 500 anos chamado catolicismo. É que a par desta discussão no Partido Moderado, uma outra aconteceu na Igreja da Suécia, sobre se deseja ou não que os casamentos religiosos por si celebrados tenham validade legal. Para isso é necessário que as regras do casamento religioso estejam de acordo com as do casamento civil. Os membros da igreja aprovaram democraticamente o reconhecimento legal dos seus casamentos religiosos, tendo já em mente que a breve prazo tal significará a realização de casamentos religiosos entre pessoas do mesmo sexo.
Veja-se a diferença brutal em relação ao Sul da Europa. Uma igreja liderada por um alemão escolhido pelo espírito santo e sedeada num microestado parasitário, que não reconhece o casamento civil (para a igreja católica casados ou divorciados apenas pelo civil são solteiros, ex. Letizia princesa espanhola casada pela igreja depois de um divórcio civil). Mas que por outro lado faz do combate a alterações na lei do casamento que não reconhece, seja hetero ou homossexual, a sua grande causa e luta no século XXI.
Voltemos à Suécia, por lá apenas grupos católicos e evangélicos têm feito real e agressiva campanha contra o casamento homossexual. Mas por lá estes grupos ultraminoritários são vistos com o mesmo olhar com que por cá se olha a IURD, mas não a ICAR. E várias sondagens têm mostrado um amplo consenso popular em torno da matéria. É de realçar que a Suécia foi o segundo país do mundo, na era moderna, a reconhecer oficialmente uniões homossexuais, através de parcerias civis, então pioneiras, hoje em dia apenas desculpas para evitar o casamento. Sendo por isso especialmente valioso o exemplo, as parcerias civis não chegam, podem atrasar o inevitável, mas não o evitam permanentemente e nos tempos que correm são apenas prova de falta de coragem política.
1 comentário:
*Snif*... vá, Boss, aumenta mais as minhas saudades daquele país civilizado chamado Suécia :p
Se a lei sueca passar a reconhecer os casamentos homossexuais, queres tentar uma iniciativa com a participação de grupos LGBT da Suécia?
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