Sopinhas de peixe ou os mártires da direita
Costureirinhas que perdem o palanque numa tv privada para logo nos aborrecerem numa pública. Campos de milho massacrados por eco-terroristas. Professores mal educados que viram perseguidos políticos. A direita é um desfilar de horrores e tragédias que conseguem a mediatização que florestas vandalizadas por escuteiros, sindicatos assediados pela polícia ou a inexistência de telecomentadores de esquerda jamais conseguirão. Falemos da mais recente vítima:
Quanto à ética ou qualidade jornalística basta reler a citação acima. Diz que não interfere no alinhamento do noticiário pelo qual dá a cara diariamente. Pelo contrário, diz que o poder político o faz. E diz que, mesmo assim, não quer sair da RTP. Está tudo dito. É esta a integridade jornalística paga a peso de ouro pelo canal público de televisão.
«É o pivô há mais tempo no ar em horário nobre (16 anos) e, segundo um estudo do Observatório da Comunicação, o mais apreciado da informação televisiva. E denuncia: a administração interfere nas decisões editoriais da informação na RTP. E “passa recados” do poder político. Numa entrevista respondida por correio electrónico, revela que não interfere no alinhamento do Telejornal e que hoje não recusaria os convites que lhe foram feitos por outras estações, em Portugal e no estrangeiro. Mas diz que, neste momento, não quer sair da RTP.»Esta é a introdução da "polémica" entrevista. Não é preciso ir mais longe, que nada se aprofunda. José Rodrigues dos Santos é muito "apreciado", tal como são os Malucos do Riso. Manda piadinhas no fim dos noticiários, pisca o olho, faz um ar comovido/no limiar do vómito com notícias do tipo Maddie McCann, enfim, é por isso, e só por isso, que rivaliza com os Malucos em popularidade. Bem, talvez o livro/lista telefónica onde garante "explicar a fórmula científica que prova a existência de deus" lhe renda também algumas simpatias junto de determinados públicos.
Quanto à ética ou qualidade jornalística basta reler a citação acima. Diz que não interfere no alinhamento do noticiário pelo qual dá a cara diariamente. Pelo contrário, diz que o poder político o faz. E diz que, mesmo assim, não quer sair da RTP. Está tudo dito. É esta a integridade jornalística paga a peso de ouro pelo canal público de televisão.
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