Procuram-se famílias de acolhimento em Viena
A capital austríaca tem falta de famílias de acolhimento, e várias das crianças "por acolher" acabam por ser enviadas para outras cidades. Vai daí foi lançada uma campanha publicitária a chamar a atenção para o problema, e nenhum modelo familiar foi deixado de fora como se vê pelo cartaz no topo do post.
2 comentários:
Esta notícia toca-me não devido à temática homossexual, mas sim devido ao valor dado ao papel da família na educação das crianças.
Sublinho que é extremamente importante o facto de serem incluídas TODAS as famílias.
Mas pensemos um pouco mais além...
Há pouco tempo li uma notícia num qualquer jornal na qual era referido já estar concluída a criação de uma lista informática de crianças em instituições em Portugal e quais estariam em condições de serem adoptadas. Sim... famílias de acolhimento não são famílias adoptivas.
Das 16000 crianças institucionalizadas, 300 estão por adoptar. 300, dos 0 aos 16 anos.
Há 1500 candidatos para adoptar.
Hoje no telejornal da RTP1 algo mais foi acrescentado. A maior parte dos casas quer adoptar uma criança de raça caucasiana, sem problemas de saúde, sem irmãos, com menos de 2 anos. Há cerca de 30 crianças nestas condições em Portugal para estes milhares de pais.
E as outras? Algumas têm sorte... Algumas são adoptadas por estrangeiros...
Mas... e as 16000 crianças não adoptáveis que vivem em instituições?
É de louvar que em viena procurem novas instituições para estas crianças. Novas famílias. Por cá continuamos com casas pias, casas do gaiato, orfanatos religiosos e outros que tais. Não vou negar a importância destas instituições e o seu papel fundamental na sociedade. Mas quando... quando daremos a essas crianças a oportunidade de estar em famílias?
16000 crianças... 16000 crianças que vivem de acordos entre instituições...
16000 crianças que não escolhem as roupas que têm nem a cor do quarto. 16000 crianças que provavelmente nunca poderão ir para a faculdade se assim o desejarem. 16000 crianças que não têm 1 ou 2 pessoas que estejam que as levem à escola... que as aconcheguem à noite... que as ensinem a lidar com o mundo.
E não se diga que tal não existe em Portugal... senão vejam em http://www.scml.pt/direscrita/media/social/famsolidarias/fam_solidarias_folheto.pdf
Agora... estarão os portugueses preparados/educados para envolver alguém assim nas suas vidas?
Ou será mais fácil dar dinheiro a instituições para o fazerem?
Infelizmente esta é uma solução que apenas depende dos portugueses e não de uma lei. Como tal este tipo de solidariedade passa ao lado. Deixaria de passar se estes projectos não existissem em Portugal. Então diríamos mal do nosso país por não existirem estes projectos.
Não... o que temos de aprender com o cartaz vai muito além da igualdade das famílias gays. A igualdade de oportunidades começa na infância... e não se pode limitar a donativos monetários.
Paremos um pouco de olhar para o estrangeiro e pensemos no porquê de institucionalizarmos o nosso futuro.
Crianças todas as loiras, Lésbicas loiras tb. País de xenofobas
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