Eurobarómetro 66: casamento pela Europa fora
Portugal 29%, bem abaixo da média da União, e a léguas da média dos países que já têm casamento (Países Baixos, Espanha e Bélgica). «One has to remember that homosexual marriages (or similar union between to persons of the same gender) are allowed in the Netherlands, Belgium, Spain, Sweden and in the UK.» Isto diz o relatório, mas esquece a Dinamarca, que foi quem primeiro legalizou o "quase-casamento". Ou seja, a sondagem mostra claramente que os níveis de aceitação são maiores nos países onde o dito casamento, ou quase, já é realidade. Pode-se até deduzir que essa aceitação é crescente - atente-se a Espanha, onde essa legalização é mais recente.
De qualquer modo há uma "subida" de 10% face à sondagem da Católica de Outubro último, embora ainda longe dos 35,3% da Aximage em 2004. E sobretudo longe do Eurobarómetro 47.2 (de 1997), onde estas mesmas questões foram feitas aos jovens entre os 15 e os 24 anos (página 85), sendo que 50,3% dos portugueses se pronunciou favorável ao casamento, e 32% favorável à adopção. Em 2001, o Eurobarómetro 55.1 (página 105), indicava que a percentagem de jovens portugueses favoráveis ao casamento subira para 62%, enquanto que o apoio à adopção se situava nos 29%.
E tudo isto sem quase se falar no assunto. Agora imaginem por um segundo se acaso algum partido defendesse a sério esta medida? [E se calhar também dava jeito que algumas Opus (anti-)Gay que para aí andam serenassem os seus ataques ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Tipo, já que não fazem nada de útil ao menos não atrapalhem, ok?]
Mas o Eurobarómetro 66 tem vários outros dados dignos de atenção. No capítulo da importância da religião na sociedade Portugal está próximo à média europeia e ao valor verificado na vizinha Espanha, 50% consideram a religião "muito importante".
Já em relação à concordância com a afirmação «Mais igualdade e justiça, mesmo que isso signifique menor liberdade individual», são nada mais nada menos que 80% os portugueses que se mostram favoráveis, e que lideram isolados a tabela europeia (na Espanha a percentagem é de 66% e nos Países Baixos, os últimos da lista, 46%). Para mim, mais igualdade e justiça levam precisamente a uma maior liberdade individual, pelo que a afirmação é algo tonta. Mas mostra bem o quão valiosos são estes valores, de igualdade e justiça, no país, pelo que o que falta é mostrar que a luta pelo casamento homossexual é uma luta por maior igualdade e justiça, precisamente.
Finalmente um dado de que nos podemos orgulhar, depois dos suecos, são os portugueses que mais concordam que o contributo dos imigrantes para o desenvolvimento do país é muito elevado, 66% (79% na Suécia, 53% nos Países Baixos e apenas 40% em Espanha).
De qualquer modo há uma "subida" de 10% face à sondagem da Católica de Outubro último, embora ainda longe dos 35,3% da Aximage em 2004. E sobretudo longe do Eurobarómetro 47.2 (de 1997), onde estas mesmas questões foram feitas aos jovens entre os 15 e os 24 anos (página 85), sendo que 50,3% dos portugueses se pronunciou favorável ao casamento, e 32% favorável à adopção. Em 2001, o Eurobarómetro 55.1 (página 105), indicava que a percentagem de jovens portugueses favoráveis ao casamento subira para 62%, enquanto que o apoio à adopção se situava nos 29%.
E tudo isto sem quase se falar no assunto. Agora imaginem por um segundo se acaso algum partido defendesse a sério esta medida? [E se calhar também dava jeito que algumas Opus (anti-)Gay que para aí andam serenassem os seus ataques ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Tipo, já que não fazem nada de útil ao menos não atrapalhem, ok?]
Mas o Eurobarómetro 66 tem vários outros dados dignos de atenção. No capítulo da importância da religião na sociedade Portugal está próximo à média europeia e ao valor verificado na vizinha Espanha, 50% consideram a religião "muito importante".
Já em relação à concordância com a afirmação «Mais igualdade e justiça, mesmo que isso signifique menor liberdade individual», são nada mais nada menos que 80% os portugueses que se mostram favoráveis, e que lideram isolados a tabela europeia (na Espanha a percentagem é de 66% e nos Países Baixos, os últimos da lista, 46%). Para mim, mais igualdade e justiça levam precisamente a uma maior liberdade individual, pelo que a afirmação é algo tonta. Mas mostra bem o quão valiosos são estes valores, de igualdade e justiça, no país, pelo que o que falta é mostrar que a luta pelo casamento homossexual é uma luta por maior igualdade e justiça, precisamente.
Finalmente um dado de que nos podemos orgulhar, depois dos suecos, são os portugueses que mais concordam que o contributo dos imigrantes para o desenvolvimento do país é muito elevado, 66% (79% na Suécia, 53% nos Países Baixos e apenas 40% em Espanha).
1 comentário:
Interessante como a Estónia destoa ligeiramente dos países do leste europeu. Influência finlandesa?
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