Melhor estratégia de campanha: façam campanha!
Eu sou sensível à argumentação do Eduardo, mas também o sou em relação à da Cris, e sobretudo concordo com cada linha do Miguel. É claro que há discursos que funcionam melhor com determinadas pessoas do que outros, e há até discursos que podem ser contraproducentes com algumas delas. Mas parece-me que a maior falha é quando não há discurso algum, e foi isso que fez com que se perdesse o referendo de 98.
Desta vez as coisas pareciam estar melhor encaminhadas, o PS parecia muito mais empenhado e convicto, e no PSD as vozes pelo Sim multiplicaram-se. Só que entretanto o PS tem recuado, e o que vemos é uma sua deputada a apresentar um livro pelo Não. O Não tem, graças à igreja católica, essa vantagem única de fazer a campanha chegar a rigorosamente todas as aldeias do país. Tem também muito mais dinheiro para investir na coisa, há mesmo bancos pelo Não. E tem meios de comunicação social de todos os tipos em propaganda declarada a nível nacional: Rádio Renascença, Correio da Manhã e o programa Ecclesia diariamente na RTP2. O Sim tem zero. E na comunicação social local e regional a coisa é ainda pior.
É certo que as sondagens são todas favoráveis ao Sim, tal como eram em 98. O que falta é arrastar esse Sim até às urnas. O que falta é fazer campanha, seja qual for o formato ou discurso. Há que lembrar continuamente o referendo: 11 de Fevereiro! E há que ir para a rua, que a internet é muito engraçada, mas é passatempo para meia dúzia, meia dúzia de votos já decididos e contados há muito. Vivemos num país onde se encara com total naturalidade que a escola pública, da primária à reitoria da maior universidade, seja decorada com presépios. Pior, que as alunas da primária sejam postas a recitar versos como este: «Eu sou a escrava do Senhor; que se cumpra o que me disseste.» - ficar grávida pois então.
São precisos outdoors, são precisos discursos familiares nas ceias de natal e encontros de ano novo, são precisas assinaturas para os movimentos pelo Sim, é preciso que cada um se mexa e fale com quem conhece. É sobretudo preciso que nenhum dos votos sondados falte no dia da votação. 11 de Fevereiro, relembro e relembrarei mil vezes.
Desta vez as coisas pareciam estar melhor encaminhadas, o PS parecia muito mais empenhado e convicto, e no PSD as vozes pelo Sim multiplicaram-se. Só que entretanto o PS tem recuado, e o que vemos é uma sua deputada a apresentar um livro pelo Não. O Não tem, graças à igreja católica, essa vantagem única de fazer a campanha chegar a rigorosamente todas as aldeias do país. Tem também muito mais dinheiro para investir na coisa, há mesmo bancos pelo Não. E tem meios de comunicação social de todos os tipos em propaganda declarada a nível nacional: Rádio Renascença, Correio da Manhã e o programa Ecclesia diariamente na RTP2. O Sim tem zero. E na comunicação social local e regional a coisa é ainda pior.
É certo que as sondagens são todas favoráveis ao Sim, tal como eram em 98. O que falta é arrastar esse Sim até às urnas. O que falta é fazer campanha, seja qual for o formato ou discurso. Há que lembrar continuamente o referendo: 11 de Fevereiro! E há que ir para a rua, que a internet é muito engraçada, mas é passatempo para meia dúzia, meia dúzia de votos já decididos e contados há muito. Vivemos num país onde se encara com total naturalidade que a escola pública, da primária à reitoria da maior universidade, seja decorada com presépios. Pior, que as alunas da primária sejam postas a recitar versos como este: «Eu sou a escrava do Senhor; que se cumpra o que me disseste.» - ficar grávida pois então.
São precisos outdoors, são precisos discursos familiares nas ceias de natal e encontros de ano novo, são precisas assinaturas para os movimentos pelo Sim, é preciso que cada um se mexa e fale com quem conhece. É sobretudo preciso que nenhum dos votos sondados falte no dia da votação. 11 de Fevereiro, relembro e relembrarei mil vezes.
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