Politicamente Estúpido
O "Loose Change" não me pareceu de imediato um objecto para levar a sério, isso só aconteceu quando me pus a ler "o" blog que se propõe "desmontar as mentiras do documentário" - assustadoramente pobre e inconsistente tentativa de resposta. Mas o filme, que mais não é que uma série de suposições e teorias imaginativas, é efectivamente de contraditório difícil, já que o acesso às provas relativas ao 11 de Setembro nunca foi livre e imediato, bem pelo contrário. Acreditar na versão oficial dos acontecimentos implica necessariamente dar uma quantidade nada pequena de crédito à administração Bush. É aqui que está o grande busílis.
«"Ponham lá aí um cartaz a dizer que eu sou muito estúpido", é o que os que levam a sério o "Loose Change", a começar pelos programadores da RTP que entraram agora num nível provocatório, estão a dizer.» Quem o diz é Pacheco Pereira, que mais acrescenta, «Podia até fazer-se uma versão politicamente correcta: “eu ainda sou mais estúpido do que o Presidente Bush”.».
Eu fico mesmo preocupado quando leio este tipo de coisas. Desde logo porque o insulto é o derradeiro, ou melhor, o não-argumento usado quando a derrota no debate está à vista de todos. E depois porque a parca tentativa de resposta ao filme indicia que Pacheco nem o terá visto - mas que seja isso, ao menos.
Acrescentemos a isto o fanatismo pró-Bush, que faz com que todos os que não comunguem da mesma fé sejam irremediavelmente classificados como anti-americanos, e temos o caldo entornado. Já para não falar no uso até à náusea da expressão "politicamente correcto", ainda não reparou que tanto a usaram, gastaram e abusaram que hoje em dia isso não quer dizer absolutamente nada?
Eu só voltarei a levar Pacheco Pereira a sério no dia em que ele próprio use um badge que diga, "Estúpido sou eu, que acreditei nas armas de destruição maciça".
«"Ponham lá aí um cartaz a dizer que eu sou muito estúpido", é o que os que levam a sério o "Loose Change", a começar pelos programadores da RTP que entraram agora num nível provocatório, estão a dizer.» Quem o diz é Pacheco Pereira, que mais acrescenta, «Podia até fazer-se uma versão politicamente correcta: “eu ainda sou mais estúpido do que o Presidente Bush”.».
Eu fico mesmo preocupado quando leio este tipo de coisas. Desde logo porque o insulto é o derradeiro, ou melhor, o não-argumento usado quando a derrota no debate está à vista de todos. E depois porque a parca tentativa de resposta ao filme indicia que Pacheco nem o terá visto - mas que seja isso, ao menos.
Acrescentemos a isto o fanatismo pró-Bush, que faz com que todos os que não comunguem da mesma fé sejam irremediavelmente classificados como anti-americanos, e temos o caldo entornado. Já para não falar no uso até à náusea da expressão "politicamente correcto", ainda não reparou que tanto a usaram, gastaram e abusaram que hoje em dia isso não quer dizer absolutamente nada?
Eu só voltarei a levar Pacheco Pereira a sério no dia em que ele próprio use um badge que diga, "Estúpido sou eu, que acreditei nas armas de destruição maciça".
1 comentário:
Obrigado e parabéns Boss, foi das melhores (pra n dizer das mais sensatas) análises com q me deparei até agora!
Stone
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