quinta-feira, abril 05, 2007

A família mais odiada da América


Ou "os melhores amigos dos gays". Com inimigos destes, quem precisa de amigos? Esta uma reportagem da BBC dedicada à família Phelps, conhecida por se manifestar junto aos funerais dos soldados americanos mortos no Iraque, onde gritam a plenos pulmões que o seu destino é o inferno por terem morrido ao serviço de uma "nação que tolera os paneleiros". Mas lojas de electrodomésticos que vendam aspiradores suecos também servem de alvo para manif, porque a Suécia é afinal uma "nação paneleira" - mais que a própria América, presume-se.

PS: Na verdade discordo do título dado à reportagem (o mesmo que tem este post), parece tudo tão irreal que nem dá para os odiar, é simplesmente bizarro... custa a crer que existam mesmo.

PPS: Apetece-me tecer mil comentários à peça, tão boquiaberto me deixou... apenas alguns pontos:

1) Tenho pena que a reportagem não tenha explorado um pouco mais as finanças da família, brutos jipes, iPods, telemóveis sofisticados, viagens de avião etc. deixaram-me curioso... não estão assim tão isolados afinal, seria impossível manter o nível de vida. Também podiam ter corrigido o mito urbano do "pastor sueco vítima da ditadura gay".

2) Tenho pena que boas pessoas sejam capazes de actos tão cruéis. Porque é a opinião com que fico sobre a maior parte destas pessoas, acreditam mesmo que estão a fazer "o bem", e são afáveis, simpáticas até... boas pessoas em suma. Ninguém escolhe onde nasce, nem a educação que recebe dos pais.

3) Tenho pena da bichice recalcada do patriarca da família. Fundar uma igreja que se baseia unicamente na oposição ao sexo anal homossexual? Criar pequenos fundamentalistas que se definem nessa mesma oposição? Quem se não uma bicha frustradíssima e analmente virgem para inventar semelhante desvario? Quem? Deus?

4) Não vale a pena enviar-lhes e-mails zangados, já receberam milhares dos espectadores da BBC, o que apenas valeu mais um dos seus manifestos a condenar todo o Reino Unido ao inferno. Se alguma coisa merecem da nossa parte é pena apenas.

2 comentários:

Fer disse...

Nom podem ser reais... :S

valter hugo mãe disse...

ontem, para aproveitar o espírito da época, vi este documentário e de facto emudeci. não há muito a dizer quando o absurdo é tão grande. sente-se uma impotência profunda, horrível