«"Faz-se campanha a dizer: «Vamos ouvir os portugueses» e ainda os portugueses não foram ouvidos, nem sequer se votou a pergunta e já o ministro António Costa veio dizer que mesmo que eles digam «sim» e não votarem 50%, faz-se a lei à mesma. E se votarem «não» e não houver 50%? Então não devia fazer a lei. Se o importante é haver 50%, isso vale para o «sim» como para o «não». Ele não pensou no que disse", refere Marcelo [Rebelo de Sousa].»
Acho piada a esta ideia, "se o referendo não for vinculativo a lei não deve mudar", é
gira. Ou seja, se a abstenção ganhar, quem ganha afinal é o Não. A ideia não é nova, foi aliás esta a tese vencedora em 1998. E o grande erro do PS, engolir esta treta como válida. Se o referendo não é vinculativo, tal acontece porque as pessoas não se interessaram o suficiente por ele, ou seja remetem a decisão para a assembleia. E era lá que a lei devia ter sido aprovada há quase 10 anos. Não foi, e por erros consecutivos do PS teremos em breve novo referendo. Que não se repitam os erros. É que toda a gente sabe, por vários estudos e sondagens feitos ao longo de anos, que se as pessoas forem votar a vitória do Sim é certa. Uma abstenção alta aliada a esta deturpação do sentido da mesma é a única hipótese para o Não. É por isso que a Igreja vai dizendo que não tem posição oficial, que Portas e Marcelo apostam no Nim (pela lei actual, mas contra a sua aplicação) e
Pegado e Teté querem calar o primeiro-ministro. A vitória do Sim passa então por garantir uma participação elevada no dia do referendo, mas também deve deixar claro o quanto antes que
os não-votos não são votos Não.
2 comentários:
Só se houver confiança e proactividade é que se vai lá.
Só o facto de se falar tanto da abstenção é um factor da auto-promoção da mesma...
muito bem!
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