De Londres, Trás-os-Montes, à cova
Já que a comunicação social portuguesa não faz outra coisa por estes dias se não citar as referências a Portugal nos tablóides britânicos, podiam aproveitar e noticiar a primeira página do The Guardian de ontem. Uma previsão que indica que o clima londrino de 2070 será igual ao de Vila Real nos dias de hoje (por acaso no mapa parece-se mais com o Porto...). Já Berlim será argelina, Roma cipriota e Paris alentejana. As cidades portuguesas é que parece terem-se perdido no Saara.
Em todo o caso a imprensa lusa, futuramente tuaregue, tem feito referência às previsões de ondas de calor para o próximo Verão. Apontando já conselhos a seguir para nos protegermos do dito. Como dizia, e bem, uma climatologista na TV, se o aquecimento global parece ser um conceito demasiado grande e inalcançável, há muito que se pode fazer contra o aquecimento local. Desde os materiais e forma de construção das habitações à criação e manutenção de espaços verdes nas cidades. Basta passear em pleno Agosto numa rua ladeada por árvores frondosas e noutra pelada, ou morbidamente enfeitada por árvores raquíticas, para se perceber como uma simples árvore pode fazer baixar em vários graus o calor sentido num prédio.
É claro que as árvores não crescem da noite para o dia, mas olhando com atenção para as cidades portuguesas encontramos ene locais onde podiam estar árvores a sério, mas estão antes palmeiras ou ciprestes. O exemplo mais gritante, multiplicado por quase todas as freguesias do país, são as inóspitas florestas de mármore a que chamamos cemitérios, impenetráveis num dia de Sol logo a partir de Abril... Existem excepções recentes, de cemitérios mais verdes. E também uns poucos velhos bons exemplos. Mas mais podia ser feito para renovar a maioria dos cemitérios já existentes. E porque não promover novas, laicas e ecológicas, cerimónias de despedida dos entes queridos? Esta é uma ideia, mas mais simples ainda seria usar as cinzas dos corpos cremados para fertilizar o solo de novas árvores. Acho que vou já escrever isto num testamento, mármore é que não, mesmo.
Em todo o caso a imprensa lusa, futuramente tuaregue, tem feito referência às previsões de ondas de calor para o próximo Verão. Apontando já conselhos a seguir para nos protegermos do dito. Como dizia, e bem, uma climatologista na TV, se o aquecimento global parece ser um conceito demasiado grande e inalcançável, há muito que se pode fazer contra o aquecimento local. Desde os materiais e forma de construção das habitações à criação e manutenção de espaços verdes nas cidades. Basta passear em pleno Agosto numa rua ladeada por árvores frondosas e noutra pelada, ou morbidamente enfeitada por árvores raquíticas, para se perceber como uma simples árvore pode fazer baixar em vários graus o calor sentido num prédio.
É claro que as árvores não crescem da noite para o dia, mas olhando com atenção para as cidades portuguesas encontramos ene locais onde podiam estar árvores a sério, mas estão antes palmeiras ou ciprestes. O exemplo mais gritante, multiplicado por quase todas as freguesias do país, são as inóspitas florestas de mármore a que chamamos cemitérios, impenetráveis num dia de Sol logo a partir de Abril... Existem excepções recentes, de cemitérios mais verdes. E também uns poucos velhos bons exemplos. Mas mais podia ser feito para renovar a maioria dos cemitérios já existentes. E porque não promover novas, laicas e ecológicas, cerimónias de despedida dos entes queridos? Esta é uma ideia, mas mais simples ainda seria usar as cinzas dos corpos cremados para fertilizar o solo de novas árvores. Acho que vou já escrever isto num testamento, mármore é que não, mesmo.
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