O Tratado de Lisboa 3
O governo e a comunicação social preparam-se para nos vender o futuro Tratado de Lisboa, que por via do nome muito nos honra e orgulha. Ainda não se sabe quase nada do dito cujo e já se dão pulinhos de alegria só porque vai ser assinado em Portugal. Mas já que é este o motivação da satisfação, discutamos então o "importante" ponto.
Tratados de Lisboa já há dois, o de 1668 e o de 1864. Mais um irá criar confusões não só com esses, mas ainda com a Estratégia de Lisboa. Os jornalistinhas da praça bem podem dar pulinhos de alegria com a honra, mas Lisboa não ganhará qualquer fama extra à custa do tratado. Nem o Porto ganharia. Mas já houve cidades a ganharem um lugar no mapa à custa de um tratado, de Tordesilhas a Maastricht ou Schengen. Ou seja, esta é uma oportunidade de ouro para pôr Guimarães, Viseu ou Évora no mapa da Europa, para dar apenas três exemplos dos muitos possíveis. É claro que isso por si só nada traz à cidade, mas possibilita e facilita mil e uma coisas. Imaginem só quanto não custaria a qualquer cidade média portuguesa pagar publicidade que lhe desse um centésimo da visibilidade na Europa, que a assinatura do tratado lhe traria de graça? Assina-lo em Lisboa é atirar dinheiro ao Tejo.
Mas seja como for, discuta-se é o conteúdo do dito cujo, em vez de dar pulinhos provincianos de alegria inconsequente só por ser assinado no sítio do costume.
Tratados de Lisboa já há dois, o de 1668 e o de 1864. Mais um irá criar confusões não só com esses, mas ainda com a Estratégia de Lisboa. Os jornalistinhas da praça bem podem dar pulinhos de alegria com a honra, mas Lisboa não ganhará qualquer fama extra à custa do tratado. Nem o Porto ganharia. Mas já houve cidades a ganharem um lugar no mapa à custa de um tratado, de Tordesilhas a Maastricht ou Schengen. Ou seja, esta é uma oportunidade de ouro para pôr Guimarães, Viseu ou Évora no mapa da Europa, para dar apenas três exemplos dos muitos possíveis. É claro que isso por si só nada traz à cidade, mas possibilita e facilita mil e uma coisas. Imaginem só quanto não custaria a qualquer cidade média portuguesa pagar publicidade que lhe desse um centésimo da visibilidade na Europa, que a assinatura do tratado lhe traria de graça? Assina-lo em Lisboa é atirar dinheiro ao Tejo.
Mas seja como for, discuta-se é o conteúdo do dito cujo, em vez de dar pulinhos provincianos de alegria inconsequente só por ser assinado no sítio do costume.
3 comentários:
bem pensado.
Penso que só Guimarães poderia beneficiar por causa das infraestruturas que foi desenvolvendo.
Acho é que é um pouco complicado ouvir os restantes europeus dizerem "Guimarães".
Maastricht também não é pêra doce ;)
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