Tratado de Lisboa 3: Schengen e Sintra
Um dos acordos mais conhecidos na Europa é o de Schengen. "Espaço Schengen", "passageiro Schengen", "voo Schengen", são expressões que hoje todos usamos, por vezes até presente na sinalética dos aeroportos. Schengen é uma aldeia no Luxemburgo. Até ao ano passado pertencia à comuna de Remerschen, nome da maior aldeia, mas a fama de Schengen era tal, que apesar da ausência de atractivos turísticos, suscitava a curiosidade de muita gente. A tal ponto que toda a comuna achou por bem beneficiar da fama alterando o seu nome para Schengen. A lei que alterou o nome pode ser lida aqui (.pdf). Este exemplo mostra bem o impacto que uma súbita visibilidade do nome de um lugar pode causar, mesmo que seja um lugar tão pouco interessante quanto Schengen.
Não se imagina que o próximo tratado da UE, caso se confirme, venha a ter o impacto mediático do Acordo de Schengen. Mas terá certamente um mediatismo semelhante ao de Maastricht ou Nice, aliás, até maior, dado que a UE entretanto cresceu e o tratado será assinado por mais países. As pessoas que conhecerão o tratado já conhecem certamente o nome Lisboa. Nada acrescentará ao seu conhecimento ou curiosidade o tratado levar esse nome. Nem se justificam reportagens catitas sobre o local onde o mesmo foi assinado, é por demais conhecido. A imensa publicidade que o tratado trará à cidade onde for assinado é irrelevante se essa cidade for Lisboa. Mas vale milhões se for outra cidade qualquer. Sobretudo se for uma cidade com potencial turístico. O governo nem precisa dar folga à sua visão centralista do país para evitar que essa oportunidade, ou esses milhões, sejam atirados ao rio. Basta assinarem o tratado em Sintra para o aproveitamento ser muitíssimo maior. E o centralismo permaneceria intacto!
Não se imagina que o próximo tratado da UE, caso se confirme, venha a ter o impacto mediático do Acordo de Schengen. Mas terá certamente um mediatismo semelhante ao de Maastricht ou Nice, aliás, até maior, dado que a UE entretanto cresceu e o tratado será assinado por mais países. As pessoas que conhecerão o tratado já conhecem certamente o nome Lisboa. Nada acrescentará ao seu conhecimento ou curiosidade o tratado levar esse nome. Nem se justificam reportagens catitas sobre o local onde o mesmo foi assinado, é por demais conhecido. A imensa publicidade que o tratado trará à cidade onde for assinado é irrelevante se essa cidade for Lisboa. Mas vale milhões se for outra cidade qualquer. Sobretudo se for uma cidade com potencial turístico. O governo nem precisa dar folga à sua visão centralista do país para evitar que essa oportunidade, ou esses milhões, sejam atirados ao rio. Basta assinarem o tratado em Sintra para o aproveitamento ser muitíssimo maior. E o centralismo permaneceria intacto!
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