domingo, dezembro 31, 2006
sábado, dezembro 30, 2006
4 anúncios pró-casamento entre pessoas do mesmo sexo
Publicada por bossito à(s) 4:07 da tarde 0 comentários
sexta-feira, dezembro 29, 2006
Já viste isto?
PS: Em menos de uma hora o anúncio já ultrapassou as 100 visualizações no Sapo!
Publicada por bossito à(s) 10:32 da manhã 0 comentários
tags: anti-homofobia, ilga portugal, publicidade, sapo, vídeos
quinta-feira, dezembro 28, 2006
Testando o Sapo Vídeos
PS: Primeira falha grave notada, não há forma de clicando no vídeo ir parar à sua página no Sapo, como acontece com o YouTube... O registo no site também devia ser mais simples, tal aliás como o endereço dos vídeos, o que seria uma vantagem face ao YouTube.
PPS: Para uma melhor comparação:
Publicada por bossito à(s) 8:29 da tarde 4 comentários
quarta-feira, dezembro 27, 2006
Os movimentos contra e a favor do quê?
Já agora, esta manchete era sobre as declarações do bispo do Porto, que comparou o aborto à roda dos bebés abandonados. O que os jornalistas (tv, jornais, etc) não disseram é que a roda não era medieval, era usada em Portugal pelo menos até ao século XIX e é usada actualmente (com outra designação e formato) em países como a Alemanha. O sentido crítico do jornalismo português anda tão fraco que estas mesmas declarações foram repetidas até à exaustão, sem que ninguém comentasse o facto do bispo as ter proferido numa igreja às moscas em pleno dia de natal. Isso é que era capaz de dar uma bela reportagem.
Publicada por bossito à(s) 12:39 da manhã 4 comentários
tags: aborto, icar, jornalismo, linguagem, natal, rtp pelo não
domingo, dezembro 24, 2006
Merry Kiss-my-ass
Publicada por bossito à(s) 12:03 da manhã 10 comentários
tags: blogs, música, natal, pornografia, vídeos
sábado, dezembro 23, 2006
Even you, Brits?
Publicada por bossito à(s) 3:51 da manhã 0 comentários
tags: cristãos, estatísticas, reino unido
Mercadores no templo só de sotaina
Publicada por bossito à(s) 3:23 da manhã 0 comentários
Depois dos Reis, as Rainhas
É já dia 7 que estreia nos EUA a nova temporada da "The L word". O vídeo disponibilizado no YouTube pela CBS teve já mais de 1 milhão de visualizações em menos de uma semana. Esta estratégia da CBS de difundir anúncios e cenas dos seus programas no YouTube parece ter contribuído para uma subida das audiências, mas as TVs portuguesas ainda não aderiram ao conceito, deixando que sejam os espectadores a, ilegalmente, fazerem essa distribuição já depois da exibição do programa... Pode ser que com o prometido YouTube do Sapo se decidam a arriscar. Só espero que o tal "YouTube.pt" seja nos moldes do original, ou seja, sem limitações anfíbias, do tipo, só para clientes. Net is for free, é uma regra de ouro, logo atrás da net is for porn.
Publicada por bossito à(s) 2:49 da manhã 0 comentários
tags: estados unidos, internet, lgbtv, sapo, the l word, vídeos
sexta-feira, dezembro 22, 2006
Guerra a sério
PS: Há no mundo 9 países que condenam a homossexualidade com a pena de morte (e apenas 5 que permitem o casamento entre pessoas do mesmo sexo), sobre isto nunca falou, nem falará, o papa. Mas também não será isso a afastar do polvo vaticânico milhares de gays e lésbicas que lá militam... Bentinho conhece os mecanismos do auto-ódio, e sabe bem o quanto pode esticar a corda, e não é pouco.
Publicada por bossito à(s) 8:02 da tarde 1 comentários
O Público continua a errar, e cada vez mais
Mas se na América os culpados da "Guerra ao Natal" eram os judeus, para os nossos neo-cons a culpa é dos muçulmanos supostamente ofendidos (coisa bizarra, dado que também o Islão dá crédito ao milagreiro referido), mas sobretudo da laicidade e de quem a defende, pois claro. Na verdade as "proibições" que se lêem no Público são na sua maioria não-celebrações, ou seja, não sujeição a este clima de obrigatoriedade de festejar o nascimento do crucificado oriental. É precisamente para isso que serve a laicidade, para libertar as pessoas de imposições religiosas, para tornar o estado neutro, e cada um, livremente, decidir por si se quer acreditar ou não em estórias da carochinha, e qual a que mais lhe agrada.
O que o Público não questiona, e talvez fosse oportuno questionar, são os gastos das autarquias portuguesas com a histeria natalícia. Autarquias que muitas vezes não conseguem servir todos os seus cidadãos de água ou saneamento, mas que estão sempre prontas a largar largos milhares de euros em presépios gigantes de peluche imprudentemente largados em rotundas ou beiras de estrada. Mas a agenda do Público é outra, e vai daí temos que levar com o choradinho do católico perseguido - os desgraçados.
Sobre tudo isto a não perder os posts do Diário Ateísta, nomeadamente «A Guerra continua, Cristo no meio da rua!» do Ricardo Alves.
Publicada por bossito à(s) 7:11 da tarde 0 comentários
tags: censura, fundamentalismo, jornalismo, manipulação, público, vaticano
Orgasmo Global pela Paz
Publicada por bossito à(s) 12:51 da manhã 0 comentários
tags: internet, saúde, sexualidade
quarta-feira, dezembro 20, 2006
Também não há lugar para os gays nos presépios
Sobre esta temática (dos presépios alternativos) não percam ainda este post, genial!
Publicada por bossito à(s) 7:14 da tarde 1 comentários
Do 8 ao 80
«O juiz Pedro Albergaria reconhece no entanto que a violência entre homossexuais tem expressões tenebrosas.Não é nada disso que diz o juiz, o que ele diz é que a violência contra os homossexuais tem expressões tenebrosas. É praticamente a única coisa acertada que diz e logo vem a SIC distorcer as coisas... A citação correcta:
A ILGA diz o mesmo e lembra que a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima já recebeu várias queixas referentes a casais do mesmo sexo.»
«Em quarto lugar, e contíguo ao que acabei de afirmar, estou certo que a violência sobre os homossexuais assume, entre nós como em outras latitudes, expressões bem tenebrosas e não menos sinistras. É bem conhecida a realidade urbana de grupúsculos de delinquentes, geralmente adolescentes, que não arranja outro modo de afirmar a sua masculinidade que não seja através da sistemática agressão sobre quem escolheu uma orientação sexual diferente da sua.»"Escolheu uma orientação sexual" é que é mais giro do que acertado. Quando é que o sr. Albergaria escolheu ser hetero? E porquê? Que prós e contras pesaram na sua decisão? Morro de curiosidade...
Entretanto têm saído muitas notícias sobre esta polémica, felizmente em geral mais rigorosas que a da SIC on-line, é ver no Google News e estar atento aos telejornais que também devem falar no caso.
Publicada por bossito à(s) 6:47 da tarde 0 comentários
tags: homofobia, jornalismo, violência homofóbica
À atenção do senhor que não acredita em violência doméstica homossexual
Publicada por bossito à(s) 3:32 da tarde 0 comentários
tags: artigos recomendados, justiça
Para que é que precisamos de juízes? Justiça popular!
E já agora, será que o Código Penal deve mesmo guiar-se por consensos populares? Assuntos "fracturantes" como a abolição da pena de morte deviam ser sujeitos a referendo? Conhece o senhor juiz as sondagens feitas sobre esse assunto? Será que devíamos viver como se nunca tivéssemos saído do século XIX? Será que há consenso popular na forma como são seleccionados os juízes actualmente? Enfim, perguntas que me ocorrem quando leio tão belas prosas...
Publicada por bossito à(s) 2:38 da tarde 0 comentários
A cegueira ideológica da Associação Sindical de Juízes
Publicada por bossito à(s) 3:24 da manhã 4 comentários
terça-feira, dezembro 19, 2006
"And I close my guard, the rest is bullshit"
Publicada por bossito à(s) 5:56 da tarde 3 comentários
tags: bonzões, brasil, cultura queer, desporto, humor, linguagem, vídeos
Era isto que deviam escrever nos maços
Publicada por bossito à(s) 3:53 da manhã 2 comentários
tags: saúde, sexualidade, tabaco
62% dos jovens portugueses a favor do casamento homossexual
Publicada por bossito à(s) 3:27 da manhã 4 comentários
tags: casamento, estatísticas, união europeia
Eurobarómetro 66: casamento pela Europa fora
De qualquer modo há uma "subida" de 10% face à sondagem da Católica de Outubro último, embora ainda longe dos 35,3% da Aximage em 2004. E sobretudo longe do Eurobarómetro 47.2 (de 1997), onde estas mesmas questões foram feitas aos jovens entre os 15 e os 24 anos (página 85), sendo que 50,3% dos portugueses se pronunciou favorável ao casamento, e 32% favorável à adopção. Em 2001, o Eurobarómetro 55.1 (página 105), indicava que a percentagem de jovens portugueses favoráveis ao casamento subira para 62%, enquanto que o apoio à adopção se situava nos 29%.
E tudo isto sem quase se falar no assunto. Agora imaginem por um segundo se acaso algum partido defendesse a sério esta medida? [E se calhar também dava jeito que algumas Opus (anti-)Gay que para aí andam serenassem os seus ataques ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Tipo, já que não fazem nada de útil ao menos não atrapalhem, ok?]
Mas o Eurobarómetro 66 tem vários outros dados dignos de atenção. No capítulo da importância da religião na sociedade Portugal está próximo à média europeia e ao valor verificado na vizinha Espanha, 50% consideram a religião "muito importante".
Já em relação à concordância com a afirmação «Mais igualdade e justiça, mesmo que isso signifique menor liberdade individual», são nada mais nada menos que 80% os portugueses que se mostram favoráveis, e que lideram isolados a tabela europeia (na Espanha a percentagem é de 66% e nos Países Baixos, os últimos da lista, 46%). Para mim, mais igualdade e justiça levam precisamente a uma maior liberdade individual, pelo que a afirmação é algo tonta. Mas mostra bem o quão valiosos são estes valores, de igualdade e justiça, no país, pelo que o que falta é mostrar que a luta pelo casamento homossexual é uma luta por maior igualdade e justiça, precisamente.
Finalmente um dado de que nos podemos orgulhar, depois dos suecos, são os portugueses que mais concordam que o contributo dos imigrantes para o desenvolvimento do país é muito elevado, 66% (79% na Suécia, 53% nos Países Baixos e apenas 40% em Espanha).
Publicada por bossito à(s) 12:26 da manhã 1 comentários
tags: adopção, casamento, estatísticas, opus gay, união europeia
segunda-feira, dezembro 18, 2006
Invasão em 10, 9, 8...
Publicada por bossito à(s) 2:50 da tarde 1 comentários
tags: estados unidos, irão, moeda, petróleo, união europeia
Quando o jornalismo sério parece ser proibido
«Festas de Natal proibidas numa escola em Saragoça (Espanha) para não ofender crentes não-cristãos, empresas que não querem festas natalícias no Reino Unido, árvores de Natal removidas e depois recolocadas no aeroporto de Seattle (EUA) na sequência de polémicas sobre as decorações. O Natal, festa que comemora o nascimento de Jesus Cristo, está a ser limpo da sua raiz, com argumentos como o pluralismo e a laicidade.»É o salve-se quem puder! Ou talvez não. As "festas de Natal proibidas numa escola em Saragoça" afinal não são várias, mas apenas uma, e não foi proibida, simplesmente não foi realizada. O que o Público não diz é que a escola tem sido atacada por todos os lados por esta simples não celebração. Caso para dizer, quando festejar o Natal parece ser obrigatório.
As empresas que não querem festas natalícias no Reino Unido não são nomeadas na "notícia" do Público, que cita o The Sun - cada vez mais o equivalente britânico ao Público. Mas olhando de forma não ingénua para a coisa, concluiremos que os custos e a sujidade que costumam resultar destas festas, tradicionalmente regadas com muito álcool, serão as causas dessas recusas, e não qualquer pudor religioso - que de religioso pouco ou nada têm as ditas festas em terras de sua majestade.
As árvores de Natal do aeroporto de Seattle foram recolocadas, como diz o Público, e as "polémicas", como se lê em seguida, eram afinal um mero pedido para que o aeroporto usasse também decorações alusivas Hannukkah, que foi mal interpretado - incompetência, nada mais.
Finalmente a "festa que comemora o nascimento de Jesus Cristo" que está a ser "limpa da sua raiz", quem diria? Por acaso as raízes do Natal estão longe de serem cristãs, cristã foi a apropriação de celebrações invernais com múltiplas origens, razão pela qual alguns símbolos pagãos são vistos hoje como "cristãos", porque natalícios - a árvore, por exemplo. Isto é tão verdade que no Reino Unido, e também em Boston, o Natal já foi efectivamente proibido, mas pelos cristãos, no século XVII, que o repudiavam (violentamente) pelas suas origens pagãs.
O Natal de cristão nunca teve muito, e no nosso tempo é sobretudo a festa do consumo e do espírito de solidariedade forçado, celebrada de Roma a Tóquio ou Banguecoque. A mim, como ateu, não me ofendem nada as iluminações ou árvores natalícias, até lhes acho alguma graça quando aparecem em Outubro, embora em Dezembro já andemos todos fartos. Choca-me, isso sim, que na escola pública crianças sejam obrigadas a declamar versos como «Eu sou a escrava do Senhor; que se cumpra o que me disseste.», quando provavelmente nunca lêem nenhum discurso sobre os princípios da nossa República. Choca-me é este jornalismo panfletário e alarmista, que ainda por cima não passa de uma repetição tosca da "war on christmas" inventada pelos neo-cons americanos no ano passado, para ofuscar a verdadeira guerra (promovida por cristãos) no Iraque.
E para provar que aqui no renas não temos nada contra o Natal, deixo duas sugestões bem natalícias:
1) Importe-se a Santa Speedo Run para Portugal! Já aqui tínhamos falado desta corrida tradicional de Boston, e não desistimos enquanto não for transposta para as ruas do Porto.
2) Caganer do Bentinho, se querem mesmo fazer um presépio, façam-no com estilo. E este ano o caganer da moda é do Bento!
E já agora, um bom Natal.
Publicada por bossito à(s) 12:14 da manhã 2 comentários
tags: bento 16, cristãos, jornalismo, natal, público
domingo, dezembro 17, 2006
Por falar em votações inúteis
«O Movimento Independente de Cidadãos (MIC), do socialista Manuel Alegre, vai fazer um referendo interno para decidir a posição pública a assumir sobre a despenalização do aborto, foi hoje anunciado.»Parece-me cada vez mais claro que a grande conquista deste movimento, além dos inchaços de ego do sr. Alegre, será o esvaziamento das palavras "independente" e "cidadania" de qualquer sentido...
Publicada por bossito à(s) 10:30 da tarde 0 comentários
É você, que o seu voto não nos agrada
Publicada por bossito à(s) 6:34 da tarde 0 comentários
tags: estados unidos, jornalismo, time
sábado, dezembro 16, 2006
Contribuir com os meus impostos para financiar julgamentos e perseguições policiais de mulheres por fazerem algo legal no resto da Europa? Nunca mais!
Publicada por bossito à(s) 8:00 da tarde 0 comentários
tags: aborto, bloco de esquerda, impostos, não obrigada
Bush diz-se feliz com gravidez da filha lésbica de Dick Cheney
PS: Obviamente que num "mundo ideal" isto não seria notícia, porque não se fariam notícias a partir da vida privada das pessoas... Mas esse não é o nosso mundo, e não é certamente essa a regra da imprensa portuguesa. Aliás, foi a própria Mary Cheney a tornar pública a sua gravidez. Não se percebe por isso o silêncio em Portugal.
Publicada por bossito à(s) 3:38 da manhã 3 comentários
tags: estados unidos, jornalismo, parentalidade, pma
quinta-feira, dezembro 14, 2006
Melhor estratégia de campanha: façam campanha!
Desta vez as coisas pareciam estar melhor encaminhadas, o PS parecia muito mais empenhado e convicto, e no PSD as vozes pelo Sim multiplicaram-se. Só que entretanto o PS tem recuado, e o que vemos é uma sua deputada a apresentar um livro pelo Não. O Não tem, graças à igreja católica, essa vantagem única de fazer a campanha chegar a rigorosamente todas as aldeias do país. Tem também muito mais dinheiro para investir na coisa, há mesmo bancos pelo Não. E tem meios de comunicação social de todos os tipos em propaganda declarada a nível nacional: Rádio Renascença, Correio da Manhã e o programa Ecclesia diariamente na RTP2. O Sim tem zero. E na comunicação social local e regional a coisa é ainda pior.
É certo que as sondagens são todas favoráveis ao Sim, tal como eram em 98. O que falta é arrastar esse Sim até às urnas. O que falta é fazer campanha, seja qual for o formato ou discurso. Há que lembrar continuamente o referendo: 11 de Fevereiro! E há que ir para a rua, que a internet é muito engraçada, mas é passatempo para meia dúzia, meia dúzia de votos já decididos e contados há muito. Vivemos num país onde se encara com total naturalidade que a escola pública, da primária à reitoria da maior universidade, seja decorada com presépios. Pior, que as alunas da primária sejam postas a recitar versos como este: «Eu sou a escrava do Senhor; que se cumpra o que me disseste.» - ficar grávida pois então.
São precisos outdoors, são precisos discursos familiares nas ceias de natal e encontros de ano novo, são precisas assinaturas para os movimentos pelo Sim, é preciso que cada um se mexa e fale com quem conhece. É sobretudo preciso que nenhum dos votos sondados falte no dia da votação. 11 de Fevereiro, relembro e relembrarei mil vezes.
Publicada por bossito à(s) 5:50 da tarde 0 comentários
Uma família luso-belga
Publicada por bossito à(s) 3:02 da tarde 0 comentários
Mandatário do "Não obrigada" em Teerão
Publicada por bossito à(s) 2:13 da manhã 0 comentários
tags: aborto, direita, fascismo, irão, machismo, não obrigada, venezuela
quarta-feira, dezembro 13, 2006
Delinquente cadastrado ameaça de morte Daniel Oliveira
«Ia eu calmamente na rua, a caminho de mais uma reunião, quando fui abordado por um sujeito. Perguntou-me se eu sabia quem ele era. Sou distraído e não fazia a mais pálida ideia. Lá me desculpei e respondi que não. Sem ter aberto mais a boca, o sujeito explicou-me que tencionava arrancar-me a cabeça e partir-me todo, caso eu voltasse a escrever sobre ele (sic). No meio de vários insultos (todos envolvendo a orientação sexual que ocupa de forma obsessiva a imaginação destes rapazes) e de uma simulação de como me tencionava agredir, com alguma teatralização mímica e risos orgulhosos, apresentou-se: Mário Machado. E para eu passar a ter cuidadinho na rua. Sem que nunca lhe tivesse respondido, e para me prevenir em relação a situações futuras, pedi ao jovem que me acompanhasse à esquadra mais próxima (do outro lado da rua) onde apresentei queixa por “ameaça de morte” e “ameaça de agressão”. Em frente à polícia, e como os seus amigos costumam fazer com os imigrantes que vão espancando, o rapaz ainda fez menção de apresentar ele queixa contra mim. Acabou por não o fazer. E assim passei o meu fim de tarde de segunda-feira: a preencher uma queixa na polícia contra um delinquente. Não é o que se espera de um fim de tarde de um bloquista. Mas, pronto, tenho de aceitar: às vezes não chega intervir no meio social.»O agressor tem beneficiado da brandura que por vezes se abate sobre alguns tribunais portugueses na hora de sentenciar crimes violentos, e anda por aí à solta a fazer a única coisa que sabe. Este é o mesmo indivíduo que uma vez surgiu alegremente nos ecrãs da RTP a exibir uma arma ilegal, tendo sido detido no dia seguinte. Está também associado a um partido ilegal, mas ainda não ilegalizado. Os tribunais estão à espera exactamente do quê? Sangue já há, e há muito. Que não corra mais era suposto ser um objectivo da Justiça.
Publicada por bossito à(s) 6:58 da tarde 1 comentários
Nós e a Finlândia
PS: Outra que me lembro de ter lido algures há algum tempo já, era a do preço das chamadas de telemóvel, muito mais altas em Portugal, apesar do poder de compra ser muito inferior ao finlandês, e dos custos de manutenção das redes serem muito mais altos nesse país, devido à maior área e menor população e ainda à neve. Coisas!
PPS: Uma comparação mais equilibrada é a do death metal para crianças. Se a Finlândia tem os Lordi, Portugal conta com os Moonspell.
Publicada por bossito à(s) 12:37 da tarde 1 comentários
tags: finlândia, internet, música, noruega, rtp, sites recomendados, vídeos
Afinal era do soja
PS: Pensando melhor, promover cultos evangélicos é capaz de dar mais resultado... Hmmm...
Publicada por bossito à(s) 12:22 da manhã 6 comentários
tags: alimentação, cristãos, direita, estados unidos, humor, máfia gay
terça-feira, dezembro 12, 2006
Pedagogia para o Google
Reproduzir à vontade, obrigado. Instruções aqui.
Publicada por bossito à(s) 6:45 da tarde 0 comentários
tags: activismo, ecologia, google, internet, linguagem, não obrigada
Conselho Económico e Social da ONU aprova estatuto consultivo para 3 organizações LGBT
PS: Este marco histórico poderá abrir as portas a outras organizações, como a neerlandesa COC Nederland, a mais antiga organização LGBT do mundo, tem exactamente a idade da ONU, e cuja candidatura ao Conselho será discutida no próximo ano.
Publicada por bossito à(s) 5:41 da tarde 0 comentários
tags: activismo, alemanha, anti-homofobia, dinamarca, estados unidos, guiné-bissau, onu, países baixos, rússia
segunda-feira, dezembro 11, 2006
Portuguese Gay Villages
Lembrei-me logo de P'Town, Massachusetts, EUA (e de que li primeiro n'Os Tempos que correm). Cidade onde 22,6% dos habitantes é descendente de portugueses, e que é também uma das mais conhecidas Gay Villages dos Estados Unidos.
Segundo a Wikipédia há ainda uma outra Gay Village portuguesa, o Príncipe Real em Lisboa. Alguém confirma? (Ou corrige a wiki...).
Publicada por bossito à(s) 10:43 da tarde 5 comentários
tags: cultura queer, emigração, estados unidos, estatísticas, reino unido
3 boas novas para começar a semana a sorrir
2) Não vejo a morte de Pinochet exactamente como uma boa notícia, pois afinal era já inofensivo e desta forma morre sem condenação. Mas que isso deixe Tatcher entristecida só nos pode aquecer o coração com sentimentos típicos da época. Poor Maggie...
3) Ironias polacas. O mais conservador, católico, nacionalista e populista governo da União Europeia enfrenta uma grave crise fruto de um escândalo, oh surpresa, de natureza carnal. Bastante carnuda aliás, já que Aneta Krawczyk garante ter subido na carreira à custa de se deitar com o ministro da agricultura e um deputado - desconhece-se se em simultâneo. Como se já não lhes bastasse ter um primeiro-ministro bicha.
Publicada por bossito à(s) 2:00 da manhã 1 comentários
domingo, dezembro 10, 2006
Homem de 4 anos acusado de assediar sexualmente a sua professora
Publicada por bossito à(s) 1:41 da manhã 1 comentários
tags: estados unidos, humor, insólito, paranóia
sexta-feira, dezembro 08, 2006
Jogo de Espelhos
Este "The Gang" é fruto de um dos muitos orfanatos portugueses, dos quais pouco ou nada sabemos. As descrições do funcionamento da Oficina S. José foram arrepiantes. Milhares de crianças neste país vivem neste tipo de instituições, e é como se vivessem num universo paralelo, pouco se sabe e poucos se interessam. Não sabemos sequer o nome das instituições, só quando alguma tragédia por lá se passa é que os nomes chegam aos jornais e manchetes.
Bom, não há regra sem excepção. A Ajuda de Berço é uma dessas excepções, apesar da pequena dimensão (segundo o site oficial tem apenas 5 quartos), é imbatível no que toca ao mediatismo positivo. E é também a menina dos olhos dos movimentos pelo Não, que sempre a apontam como o seu grande feito (lembro que esta instituição nasceu destes movimentos depois de 1998). A lista de apoios, disponível no seu site, impressiona: RTP, SIC Mulher, Câmara Municipal de Lisboa, Swatch, Jogos Santa Casa, Pingo Doce, Montepio Geral, Banco Espírito Santo, Gelados Olá, Casino Estoril ou Patriarcado de Lisboa, entre vários outros. Sem esquecer, é claro, o Ministério da Segurança Social e do Trabalho.
Uma autêntica máquina de marketing, que conta ainda com uma linha telefónica de valor acrescentado, para donativos, ou venda de bonecos. Contraste absoluto com instituições que albergam muito mais crianças, mas que são completamente desconhecidas pela opinião pública. Mérito, é claro, a quem gere esta instituição. E provavelmente consequência natural de ser fruto de uma campanha política. Que de resto se mantém, no mesmo site encontramos ainda, logo na página principal, uma sugestão radiofónica, a Web Rádio Católica, "a primeira rádio pró-vida em Portugal" (sic).
Publicada por bossito à(s) 1:59 da tarde 2 comentários
tags: direita, gisberta, jornalismo, publicidade
quinta-feira, dezembro 07, 2006
O Policarpo deve estar roído de inveja
Do Destak de hoje.
Publicada por bossito à(s) 2:04 da tarde 3 comentários
tags: censura, homofobia, icar, jornalismo, república dominicana
Depois de Pacheco Pereira, Cavaco Silva*
* a esposa.
Publicada por bossito à(s) 1:49 da tarde 3 comentários
tags: direita, linguagem, presidência, psd
quarta-feira, dezembro 06, 2006
Plataforma Não Obrigada
Publicada por bossito à(s) 10:15 da tarde 1 comentários
tags: aborto, linguagem, não obrigada
Nos bares de alterne basta comprar uma bebida e a menina não é sorteada, é certa
Publicada por bossito à(s) 8:31 da tarde 0 comentários
tags: galp, machismo, publicidade
terça-feira, dezembro 05, 2006
O irlandês será a 21ª língua oficial da UE a 1 de Janeiro próximo
Publicada por bossito à(s) 11:38 da tarde 1 comentários
tags: cinema, irlanda, língua, união europeia, vídeos
"Sandes" por Veados Com Fome
Publicada por bossito à(s) 4:28 da tarde 1 comentários
segunda-feira, dezembro 04, 2006
Pausa publicitária
Publicada por bossito à(s) 10:10 da tarde 0 comentários
tags: bonzões, nudez, publicidade, vídeos
O regresso à roda
«Os berçários para recolha de bebés abandonados, onde mães desesperadas podem deixar os recém-nascidos, já existem há seis anos na Alemanha mas continuam a ser controversos, sobretudo porque tudo decorre no anonimato. A primeira "Babyklappe", nome alemão que se atribuiu a estes berços, surgiu em Abril de 2000, em Hamburgo, e o Sternipark, associação de apoio à infância que a lançou, diz já ter salvo a vida, desde então, a 25 recém-nascidos.Desconheço os números portugueses, que provavelmente não serão sequer contabilizados oficialmente, mas no mínimo não ficam longe dos números alemães de 20 bebés abandonados por ano - a diferença maior está na população alemã, 8 vezes superior à portuguesa. Caixote do lixo, rua, rio, vivos ou mortos, as notícias estão sempre a aparecer nos jornais.
O sucesso da "Babyklappe" em Hamburgo - entretanto já há duas na grande metrópole - teve repercussões, e já existem 78 berçários do mesmo género em toda a Alemanha.
(...) continuam a aparecer todos os anos, na Alemanha, 20 bebés abandonados mortos. "No entanto, nas zonas onde existem berçários para recolha de bebés abandonados, o número destes trágicos casos diminuiu significativamente", acrescentou o mesmo responsável.»
Em Portugal já houve "berçários", chamavam-se "casas da roda". Os bebés podiam ser deixados de forma anónima numa plataforma voltada para a rua, que sendo rodada levava o bebé para o interior, sem que ninguém visse o rosto de quem o colocou lá. Muitos destes bebés levavam o sobrenome "Exposto", nome também dado a estas casas. Tudo isto terminou há muito, mas não faria sentido voltar? (exceptuando o sobrenome, que servia apenas de estigma).
Os opositores na Alemanha dizem que os berçários "não salvam crianças e, ainda por cima, fazem com que haja mais crianças abandonadas". Será mesmo assim? E pondo a hipótese de ser assim, será preferível uma situação em que as pessoas só não abandonam os seus filhos por não haver forma anónima e legal de o fazer?
A secretária de Estado adjunta e da Reabilitação, Idália Moniz, desafia a sociedade civil a debater a questão. E tal debate parece-me urgente e oportuno. Não só temos números de abandono semelhantes a países muito mais populosos, como ainda vivemos num país onde uma vez grávida, não resta à mulher outra alternativa legal que a de levar a gravidez até ao final (salvo raras excepções).
Publicada por bossito à(s) 6:46 da tarde 0 comentários
Casamentos pioneiros
Publicada por bossito à(s) 1:16 da tarde 1 comentários
tags: áfrica do sul, casamento, espanha, transexualidade
sábado, dezembro 02, 2006
Quem deixou que a Floribella tramasse o Noddy?
O Noddy ensinava as crianças a falarem inglês e o que ensina a Floribella? De todas as vezes que apanhei cenas da personagem das duas uma, ou estava a insultar/gritar com alguém, ou a mentir ao patrão que também quer engatar. Fora da série vende roupa, "peçam ao pai-natal as roupinhas quentinhas da Floribella, mas só se tiverem a etiqueta original". E as mães e pais deste país não a odeiam? O que mais falta?
PS: Por falar em programação infantil, daqui a nada vai começar o Festival Eurovisão da Canção Júnior, pela primeira vez com um concorrente da RTP. Eu não simpatizo nada com concursos de talentos infantis, tantos os casos de talentos júniores que viram traumas seniores, mas a verdade é que a canção portuguesa desta noite é bem melhor que as mais recentemente levadas à Eurovisão senior, nomeadamente aquela esganiçada há uns anos pela rapariga hoje conhecida como Flor.
Publicada por bossito à(s) 6:28 da tarde 4 comentários
tags: compras, desenhos animados, eurovisão, rtp, tv
Um Sim que mexe
1) O Movimento Cidadania e Responsabilidade pelo Sim já tem blog.
2) O Eduardo fez mais uns botões para o Vota Sim.
3) Mais botões no Arrastão e uma lista de links anti-prisão em crescendo.
Publicada por bossito à(s) 6:12 da tarde 0 comentários
sexta-feira, dezembro 01, 2006
Dia de ficar no sofá a ver a RTP
Publicada por bossito à(s) 5:20 da tarde 4 comentários
quinta-feira, novembro 30, 2006
"Compro o que é nosso"
Thai food, food from Thailand. This is in Leeds!
Publicada por bossito à(s) 1:25 da tarde 3 comentários
tags: britcom, nacionalismo, vídeos
Será isto o "jornalismo de causas"? (2)
Publicada por bossito à(s) 1:05 da tarde 3 comentários
tags: astrologia, cientologia, jornalismo, rtp, sic, superstição
Será isto o "jornalismo de causas"?
Publicada por bossito à(s) 12:58 da tarde 0 comentários
tags: aborto, jornalismo, rádio, renascença
Fetos de silicone
«It was an extraordinary picture of an unborn baby elephant from inside its mother's womb, making front page news in London and around the world. Except it wasn't real - it was a model.»Foram vários os jornais portugueses a cair no logro, aguardam-se os desmentidos e recomenda-se cuidadinho no uso de "fotos" de fetos humanos.
Publicada por bossito à(s) 12:54 da manhã 0 comentários
tags: imprensa, jornalismo, manipulação, national geographic
quarta-feira, novembro 29, 2006
11 de Fevereiro
Publicada por bossito à(s) 11:41 da tarde 4 comentários
tags: aborto, presidência
Investigadores querem criar arquivo da web portuguesa
Ou melhor, quase isso. É que havia outro candidato. Alegre mantém-se alegremente online, e actualizado! Da pior maneira, acrescente-se. Mas até a jotinha oficial resiste. Oh doce vaidade... Aliás, os domínios alegristas não só resistem, como se expandem, vejam o Movimento de Intervenção e Cidadania. E se perceberem para que serve, nomeadamente o que vai fazer face ao referendo que aí vem, digam-me se fazem favor, obrigado.
E por falar nisso, novos domínios erguem-se na internet: MédicosPelaEscolha.pt [via]. Sejam pois bem vindos, outros que vos acompanhem, e vejam lá se resistem mais tempo que os presidenciais candidatos. O tempo suficiente, ao menos, para serem arquivados na Tomba.
Publicada por bossito à(s) 1:07 da manhã 0 comentários
tags: activismo, internet, presidência
terça-feira, novembro 28, 2006
É a crise, é a crise!
«Um milhão de euros é quanto a Metro [do Porto] gasta, anualmente, para suportar as remunerações e as regalias da Administração. (...) No relatório, indica-se que os autarcas recebem 3250 euros de vencimento base. Valentim Loureiro e Narciso Miranda utilizam, ainda, cartões de crédito da empresa com um plafond anual de 14,9 mil euros.»
«Nos primeiros nove meses do ano, a CGD registou um resultado líquido de 555,2 milhões de euros, o que se traduziu num acréscimo de 32% em relação ao mesmo período de 2005. A margem financeira cresceu 13,7%, enquanto as comissões aumentaram quase 30%.»
«Despenalizar é aceitar o crime", diz um cartaz amarelo empunhado por uma rapariga. "Não à interrupção voluntária da vida", lê-se noutra folha de cartolina, esta azul e exibida por um rapaz. Uma e outro, ambos em frente do Presidente da República e do bispo de Coimbra, que abençoa a ponte pedonal, sobre o Mondego, acabada de inaugurar, ontem ao final da tarde, com a presença de muita gente.» [Custo da bênção não revelado.]
Publicada por bossito à(s) 2:04 da tarde 0 comentários
Os 100 homoeróticos mais célebres do Brasil
Publicada por bossito à(s) 1:23 da tarde 1 comentários
tags: brasil, cultura queer, second life
sábado, novembro 25, 2006
Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres
Publicada por bossito à(s) 3:34 da tarde 3 comentários
Contradições chilenas
«Un bebé de sexo masculino, en cuyo vientre se alojaba un feto que, según los médicos, "llegó a tener vida", nació Temuco, en el sur de Chile, informaron hoy fuentes médicas. El nacimiento se produjo hace una semana en una clínica privada de Temuco, a 672 kilómetros de Santiago, y el feto fue extirpado el pasado lunes del bebé, que se encuentra bien. Según los médicos, este hecho, denominado "fetus in fetus", se produce rara vez y se debe a un error genético durante la fecundación del óvulo, que, al dividirse en dos células, no tuvo la segmentación adecuada, por lo que un embrión absorbió al otro. El feto extraído, de 10 centímetros de longitud, tenía extremidades y la espina dorsal parcialmente desarrollada, pero carecía de cabeza, por lo que no podía sobrevivir, según los médicos.»Desconhece-se qualquer oposição pública ao procedimento médico, nem mesmo da igreja católica. Agora imaginem se em vez do feto sem cabeça estar no ventre de um bebé do sexo masculino, estivesse no de uma mulher adulta? Acham que se manteria a não-polémica? Que se falaria em "feto extirpado"? A resposta é um claríssimo Não. Até porque a lei chilena proíbe esses abortos (já não se falaria em "extirpamento"), sim, mesmo que a vida da mulher esteja em risco, mesmo que o feto não tenha cabeça (logo sem hipóteses de sobrevivência pós-parto). E para mudar esta lei absolutamente desumana, muitos esforços terá Bachelet que despender para combater a influência nefasta do clero católico no seu país. Mas este bebé teve sorte, do sexo masculino e obviamente virgem, não houve quem protestasse.
Publicada por bossito à(s) 3:18 da tarde 0 comentários
tags: aborto, chile, fundamentalismo, icar, saúde
sexta-feira, novembro 24, 2006
PS, PSD e CDS defendem ilegalização do PNR
«O PCP condenou a dissolução da União de Jovens Comunistas da República Checa (KSM) pelo Ministério do Interior da República Checa, considerando que está em causa "a ilegalização de uma ideologia e a criminalização de um pensamento político", críticas partilhadas pelo BE e Verdes.Eu concordo inteiramente com Luís Campos Ferreira, o que vale para um lado, tem que valer para o outro. E sempre entendi que partidos que defendem genocídios devem ser extintos. Duvido que seja esse o caso da KSM, mas quando encontramos entre os membros mais prominentes do tal partido português pessoas com cadastro relativo a um homicídio racista, perde-se qualquer dúvida. Estão à espera de quê para passar à acção meus senhores? A vossa posição de princípio já percebemos qual é, agora façam qualquer coisinha, que de boas intenções está o inferno cheio... Não deixem para amanhã, o que podem fazer hoje sem grande escândalo.
Luís Campos Ferreira, do PSD, foi o mais violento nas críticas, salientando que "os países devem ter o direito de se defender e evitar que os seus inimigos aproveitem regras democráticas para os destruir". Mais "Não sabem que Portugal proíbe a ideologia fascista? O que vale para um lado, vale para o outro", disse o deputado social-democrata.»
Publicada por bossito à(s) 10:47 da tarde 0 comentários
tags: cds, censura, fascismo, partido socialista, psd, república checa
A criminalização como via para a redução do número de abortos
Não será difícil explicar a indignação desta gente, afinal se uma só célula é para eles já uma criança, qualquer puto de 5 anos, ou 5 anos e 9 meses seguindo a peculiar matemática pró-prisão, já será adulto o suficiente para trabalhar, e com o mínimo de direitos, que a regra é sempre, pelo embrião tudo, pelo trabalhador, pela mulher, etc, nada.
Mas a hipocrisia maior dos pró-prisão está precisamente no facto de nunca serem claros e objectivos nos seus propósitos, que aliás, não serão comuns entre todos os que militam nessa barricada. Vemos desde gente que defende a suspensão dos julgamentos a gente que defende a criminalização de todos os tipos de aborto. O que nunca vemos é pessoas a defenderem estratégias de criminalização que conduzam efectivamente a uma redução do número de abortos.
É que a criminalização que conhecemos já sabemos que não serve, apenas estimula o aborto clandestino. A mulher rica aborta na clínica de luxo, a mulher classe média aborta em Espanha, e a mulher pobre aborta como calhar, sendo que algumas têm o azar de ir parar ao tribunal e muitas à urgência hospitalar.
Mas existem medidas que poderiam fazer com que a criminalização funcionasse efectivamente como política anti-aborto, em não se querendo apostar nas estratégias que se revelaram eficazes nos países civilizados (educação sexual nas escolas, acesso facilitado a meios contraceptivos, etc etc etc). Bastaria que os pró-prisão fossem um pouco menos hipócritas, desistissem de tentar passar um arzinho teresa de calcutá, e passassem a defender por exemplo isto:
1) Proibição de saída do país às mulheres em idade fértil sem um atestado de não gravidez. As grávidas não poderiam sair, para não fazerem um aborto voluntário e dizerem que foi involuntário no regresso.Enquanto os que defendem a criminalização como via para a redução dos abortos não defenderem estas, ou medidas equivalentes, continuarei a não acreditar que o que os preocupa seja efectivamente a vida da "criança não nascida". E depois do post indicado no início deste, já deu para perceber que a "criança já nascida" também não lhes merece grande preocupação...
2) Criação duma linha e site de denúncia de gravidezes não registadas (ou suspeitas de), já que para melhor garantir a aplicação de penas às criminosas, todas as gravidezes deveriam ser tornadas públicas, e todos os cidadãos passariam a estar obrigados à protecção do embrião, vulgo "criancinha".
3) Para evitar equívocos, e a vigilância ser mais apertada, toda a mulher grávida seria obrigada ao uso de uma pulseira (ou será melhor uma braçadeira?) identificativa. No caso de um aborto involuntário, a mesma seria substituída por uma negra em sinal de luto. Os funerais das "crianças não nascidas" deveriam ter a mesma pompa, ou mais, que os outros, pelo que se trataria de rever a concordata com o Vaticano, para que a igreja possibilitasse isso mesmo, em vez de os mandar para o limbo, como faz hoje.
4) Os casos de aborto involuntário teriam que ser exaustivamente investigados. Não tomar as vitaminas todas seria considerado equivalente aos maus tratos físicos às "crianças já nascidas".
5) As mulheres passariam a ter o direito de fumar só depois da menopausa. Antes disso passaria a ser crime, punido com prisão no caso das grávidas, e internamento hospitalar nas "ainda não grávidas". Pois o tabaco afecta terrivelmente a fertilidade feminina, ou seja, incluindo a "criança não nascida e não fertilizada", vulgo, óvulo.
6) Nas escolas seria criada a cadeira de Educação para a vigilância na gravidez. Onde os miúdos desde cedo aprenderiam como melhor tratar as "crianças não nascidas" e quais os sinais que podem indiciar uma gravidez, para que também os mais novos, ou melhor, os algo novos mas já nascidos, pudessem participar do plano de denúncia e publicação das gravidezes. O lema seria, "O útero é de todos, tudo pela defesa do útero" ou então "No teu útero manda a pátria".
Publicada por bossito à(s) 1:51 da tarde 4 comentários
tags: aborto, fascismo, fundamentalismo
quarta-feira, novembro 22, 2006
Amar não é crime
PS: Boa nova de Singapura, o sexo anal foi descriminalizado. Mas atenção, só na sua vertente heterossexual. Assegura o ministro do interior local que a sociedade ainda não está preparada para aceitar a homossexualidade, e que mesmo que já veja com bons olhos a penetração anal de uma mulher por um homem, sente verdadeiro horror pelo mesmo acto se praticado por dois homens. Escusado será dizer que esta descriminalização é igual ao litro, já que nunca os casais heterossexuais do micro-estado asiático foram perseguidos por se pressupor que fossem fãs do referido acto sexual, ao contrário dos casais homo, já por diversas vezes perseguidos e proibidos de marcharem publicamente ou organizarem-se politicamente, tudo ao abrigo do tal artigo sobre sexo anal...
Publicada por bossito à(s) 11:50 da tarde 0 comentários
tags: activismo, anti-homofobia, petição, singapura
La vida es una tómbola
«CDS-PP quer referendo ao aborto a 25 de Março» (21/11/2006)
Mantendo o ritmo, para a semana querem-no em Junho.
Publicada por bossito à(s) 11:43 da tarde 0 comentários
Cursinho para quem quer ser voz activa na campanha do referendo
Publicada por bossito à(s) 2:00 da manhã 1 comentários
terça-feira, novembro 21, 2006
O bonzão que embala o papa
Quando por estes dias se tem discutido em Itália a múltiplas sátiras que têm sido feitas ao casal, Don Giorgio foi dos primeiros a vir a terreiro defender a sua dama. O cauteloso The New York Times escreveu: «Perhaps it is his good looks, or his work in the ever-so-serious Vatican, but for whatever reason, Msgr. Georg Gänswein, Pope Benedict XVI’s secretary, has suddenly found himself the butt of jokes in the Italian news media.» [Talvez seja pela sua boa aparência, ou pelo seu trabalho no sempre tão sério Vaticano, mas seja qual for a razão, Monsenhor Georg Gänswein, secretário do Papa Bento XVI, viu-se subitamente no lugar de bobo da corte da comunicação social italiana.]
"Whatever reason"? Come on girls, já passamos essa fase, já subimos de nível. A dúvida é, entre lençóis como se tratam suas santidades? Papa Bento e Monsenhor, ou simplesmente Georg e Joseph? Oh sim, eu sei, o Ratzinger é mais feio que um terramoto e é difícil imagina-lo com um bonzão como Gänswein, mas não é só a beleza exterior que conta, não sabiam? O poder torna qualquer um sexy. Logo o Bento é completamente podre, também nesse sentido, nham, nham.
Adenda You Tube: É claro que o site de vídeos mais popular do planeta conta já com vários registos interessantes. A não perder: "O George Clooney do Vaticano" (pequena reportagem da tv alemã); a declaração de amor de Luciana Littizetto a Georg (uma apresentadora de tv italiana); excertos do passeio romântico em Valle d'Aosta e last, but not least, o hilariante diálogo entre a ex-primeira dama italiana e Bento, em que esta se confessa impressionada pelo seu secretário e Bento, não sem uma boa dose de levemente irritada condescendência, lhe explica como se pronuncia o seu nome, ouvindo ainda as desculpas de Ciampi pelo comportamento da esposa - é de ir às lágrimas, sobretudo porque o próprio Bento se refere a ele como Giorgio, corrigindo depois para Georg.